CryptoTimes

Monero (XMR): Pool de mineração com 44% da taxa de hashes levanta preocupações

14 fev 2022, 13:04 - atualizado em 15 fev 2022, 12:55
Monero XMR
Monero: Atualmente, 44% do poder computacional da rede está em um único pool de mineração (Imagem: Facebook/Monero)

O pool de mineração da rede Monero (XMR) identificado como MineXMR controla, neste momento, 44% da taxa de hashes da criptomoeda, uma posição que alguns consideram arriscada para a segurança da rede.

MineXMR, o maior pool de mineração da Monero, está relativamente perto de controlar mais da metade da taxa de hashes da rede. Caso alcance esse nível, o pool poderá, em teoria, realizar um ataque de 51%.

Um ataque de 51% acontece quando uma entidade tem mais da metade do poder de hash de uma rede blockchain, uma posição que permite à entidade ter alguma influência sobre quais transações foram ou não processadas.

Alguns defensores da rede Monero levantaram preocupações sobre a situação, citando receios de que os recursos de mineração da MineXMR podem levar o pool ao controle de 51% da rede.

Esses defensores solicitaram que os mineradores da rede mudassem seu poder de hash para outros pools de mineração, a fim de reduzir o controle da taxa de hashes de MineXMR.

No momento da publicação desta notícia pelo The Block, MineXMR controla quase o dobro do poder de mineração que o segundo e o terceiro maior pool juntos.

Se MineXMR conseguir obter mais de 51% da taxa de hashes da rede Monero, não significa, necessariamente, que a entidade irá atacar a rede ou interferir nela de algum modo.

Doze criptomoedas que você pode
minerar em casa em 2022

Além disso, tendo em vista que é um pool de mineração, caso os organizadores do pool tentem realizar esse tipo de ataque, é provável que outros mineradores migrem rapidamente para outros pools, para evitar danos maiores à Monero e aos usuários.

No passado, outros agentes que conseguiram 51% do controle de redes em outros blockchains realizaram ataques de reorganização, com o propósito de realizar ataques de gastos duplos.

Nesse caso, os agentes começam o ataque por meio de uma grande transação, geralmente por meio da conversão para outras moedas em uma corretora.

Em seguida, transmitem um histórico recente alternativo dos blocos – usando seu grande poder de minerar mais rápido que outros participantes – o que desfaz o pagamento, permitindo que gastem o dinheiro novamente.

Caso uma entidade tenha tamanho controle sobre um blockchain, ela também pode realizar ataques menores, como impedir novas transações de serem feitas na rede.

theblock@moneytimes.com.br