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Movimento atípico de distribuidora “raspa” mais de 800 mil CBios na B3

11 abr 2022, 16:11 - atualizado em 11 abr 2022, 16:27
Cana-de-açúcar Commodities Agricultura
Com safra de Cana iniciada no CS e tendência de aumento do CBio, B3 registra movimento atípico (Imagem: Agência Brasil/Elsa Fiuza)

No momento em que a oferta de Crédito de Descarbonização (CBios) tende a aumentar com o andar da safra de cana, afrouxando os preços na B3 (B3SA3), vem uma distribuidora e negocia em torno de 825 mil títulos num só dia.

O movimento de “raspagem” ocorreu na quinta, sendo registrado e liquidado pela Cetip na sexta (8), dando um somatório negociado que fugiu totalmente ao padrão, 1.650.478 CBios.

Enquanto a média vinha sendo em torno de 85 e 90 mil papéis negociados diariamente, ao preço médio de R$ 93, esse volume atípico elevou o CBio a praticamente R$ 100 (nesta segunda, 11, está em torno de R$ 96).

Apesar da lógica do setor mostrar-se arriscada, quando há uma disposição maior de produzir mais etanol em início de safra – portanto com tendência de queda nos preços dos papéis -, por outro lado pode ter sido uma estratégia de aposta de que o biocombustível vá “voar”.

E o aumento da demanda, via maior competitividade com a gasolina, compensaria, explica um operador de corretora bastante ativa do mercado, que pediu reserva de seu nome ao Money Times.

Também não se descarta atraso na aquisição por parte da distribuidora – ente comprador obrigatório dos título emitidos pelas usinas pelo status do RenovaBio -, que poderia comprometer suas metas anuais, embora pareça pouco provável essa hipótese.

As ordens de compra e venda guardam reserva dos nomes dos agentes, mas essa mesma fonte suspeita de uma “grande distribuidora”, pelo volume negociado e só porque as três grandes possuem metas de compras elevadas, acima de 1 milhão de títulos anuais.

No início de janeiro, os CBios partiram de um preço médio de R$ 40 a R$, subindo progressivamente.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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