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Movimento em shoppings pesa e Burger King tem fraca retomada no terceiro trimestre

06 nov 2020, 14:36 - atualizado em 06 nov 2020, 14:41
Burger King
Apesar disso, a dupla afirma que houve uma tendência de melhora ao longo do trimestre, especialmente em outubro (Imagem: Gustavo Kahil/Money Times)

Apesar da retomada gradual da economia, as lojas de shoppings ainda sofrem o impacto da restrição de horário e capacidade impostas por governos estaduais para conter o coronavírus.

A primeira vítima foi a Lojas Renner (LREN3), que reportou o seu primeiro prejuízo em 16 anos. A rede de fast food Burger King (BKBR3) também foi prejudicada pelo baixo movimento dos centros comerciais.

Segundo os analistas Richard Cathcart e Flávia Meireles, da Ágora Investimentos, o terceiro trimestre foi claramente outro período difícil para o BKB e para a indústria de foodservice e com uma recuperação mais lenta do que esperada.

“O principal fator foi o tráfego mais fraco nas praças de alimentação, apesar do tráfego geral regular dos shoppings, já que os consumidores usam menos os shoppings para atividades de lazer, como ir ao cinema”, disseram.

Apesar disso, a dupla afirma que houve uma tendência de melhora ao longo do trimestre, especialmente em outubro, onde as vendas se estabilizaram.

A visão é reforçada pelo analista Luis Sales, da Guide Investimentos, que vê na restrição de circulação as causas para a queda nas vendas.

“Mesmo com a reabertura gradual, a retomada segue em ritmo fraco, o que conclui-se pelo seu volume de vendas ainda inferior em 30% e Ebitda negativo”, disse.

O Burger King registrou entre julho e setembro deste ano prejuízo de R$ 105,9 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 5,4 milhões apresentado no terceiro trimestre de 2019.

A receita operacional líquida da rede de restaurantes teve queda de 27,8% e totalizou R$ 522,3 milhões.

Nem tudo está perdido

Mesmo com os números fracos, os analistas enxergam pontos positivos do balanço da companhia. De acordo com a dupla da Ágora, o serviço de delivere se saiu bem, com um trimestre mais forte do que no trimestre anterior, gerando R$ 120 milhões de receita.

Além disso, a empresa soube segurar o aumento dos custos e despesas operacionais, o que é um bom sinal para um retorno mais rentável no quarto trimestre, à medida que o tráfego nos shoppings se normaliza, afirmam.

Sales também lembra o fortalecimento da marca no meio digital e o ganho rápido de participação por parte do restaurante Popeyes, que em setembro já apresentou aumento de 4% nas vendas nas mesmas lojas.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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