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MRV (MRVE3): O boato que afunda ação nesta quinta-feira; empresa não comenta

11 jan 2024, 17:51 - atualizado em 16 jan 2024, 19:20
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Procurada pelo Money Times, a MRV informou que não comenta especulações e boatos (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

A MRV (MRVE3) desabou 11,78%, a R$ 8,39, nesta quinta-feira (11) em meio a boatos de que a empresa teria reduzido as projeções para 2024, com margens mais espremidas e redução do lucro projetado.



“Corre uma informação de que ocorreu um evento fechado na MRV com fundos, bancos e investidores e nele foram divulgadas algumas informações, de certa forma privilegiadas, e isso explica o fluxo vendedor”, coloca Pedro Accorsi, analista da Benndorf.

Procurada pelo Money Times, a MRV informou que não comenta especulações e boatos.

Segundo Einar Riveiro, da Elos Ayta, a empresa perdeu R$ 629 milhões em valor de mercado. Além disso, no acumulado do ano, a construtora viu um declínio de R$ 1,59 bilhão.

Com essa performance, a MRV não é mais a segunda maior incorporadora por valor de mercado na B3. No fechamento do pregão em 11 de janeiro, a empresa estava avaliada em R$ 4,71 bilhões, ficando atrás da Cury Construtora, que atingiu R$ 5,09 bilhões.

Dia decisivo para as estratégias de investimento: Como os dados de inflação podem mexer com seu bolso? Assista ao Giro do Mercado desta quinta-feira (11) e entenda o que muda para os mercados:

Cenário macro também não ajuda

Em comentário publicado nesta quinta, a Guide diz que a ação cai ‘em meio a preocupações de investidores acerca de uma deterioração dos resultados da operação brasileira da companhia’.

“Em relação aos resultados da companhia no Brasil, já era esperado pelo mercado que os resultados da companhia não fossem tão positivos, dado que os projetos mais antigos e menos rentáveis ainda estão passando pela DRE da companhia (em razão do PoC) e que os resultados melhorariam significativamente a partir de 2025)”, argumenta.

Apesar disso, a corretora afirma que, mesmo com rumores de que a companhia pode apresentar um lucro muito menor do que o consenso de mercado em 2024 (R$ 600 milhões, via Bloomberg), “acreditamos que a companhia deve surfar as melhores condições do MCMV e cumprir o seu guidance para 2025, o que não justificaria tamanha queda”.

“De acordo com os nossos cálculos, mesmo não atribuindo qualquer valor para Resia, no caso do cumprimento do guidance para 2025 (R$ 700 mi de lucro), as ações da companhia já estariam subavaliadas, reforçando a nossa tese de que a queda dos papéis é exagerada”, completa.

Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, lembra que a MRV é uma construtora do segmento mais popular e dependente do Minha Casa, Minha Vida, também sempre impactado por movimentos de inflação e juros.

“Hoje saiu um IPCA mais alto do que o esperado, ainda assim a queda é muito expressiva para ser explicada somente por isso”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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