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MRV (MRVE3) tem vendas ‘impressionantes’ e reconquista confiança; entenda

15 jun 2023, 15:57 - atualizado em 15 jun 2023, 17:17
MRV
Ações da MRV têm ligeira queda após divulgar vendas fortes em abril e maio, mas mercado volta a confiar na construtora (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

As ações da MRV (MRVE3) operam sem direção única nesta quinta-feira (15), exibindo sinal positivo e negativo, com investidores reagindo aos resultados prévios de venda de construtora mineira. Por volta das 15h55 (de Brasília), os papéis subiam 0,3%.

A construtora mineira divulgou ontem que suas vendas líquidas em abril e maio somaram R$ 1,46 bilhão. A MRV destacou que esses números de abril e maio representam uma “importante evolução” em relação ao primeiro trimestre deste ano.

Sendo assim, no comparativo da média mensal das vendas dos dois primeiros meses do segundo trimestre contra a média do primeiro, houve alta de 21% no valor geral de vendas (VGV) vendido. Enquanto em relação à média mensal do segundo trimestre de 2022, o crescimento foi de 48%.

Após entrar 2023 sob o olhar de desconfiança de analistas em meio à forte alavancagem e sucessivas queimas de caixa, parece que a MRV está dando a volta por cima. E o mercado parece estar confiante com uma das principais empresas de construção civil listadas na Bolsa brasileira.

MRV reconquista e BBA eleva preço-alvo

A equipe de real estate do Itaú BBA avalia que o resultado ficou perto de 75% em relação a estimativa de vendas da  instituição para todo o segundo trimestre.

“Isso aponta para uma superação de 10% do nosso número, se a empresa manter esse ritmo de vendas em junho”, diz, ressaltando que a MRV está no caminho para uma recuperação operacional.

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Com isso, o Itaú BBA elevou o preço-alvo para as ações da construtora de R$ 10 para R$ 14, mantendo a recomendação de compra. “Mantemos a MRV como nossa principal escolha, mesmo após seu forte rali de 60% desde março”, dizem os analistas.

Analistas voltam a olhar construtora com bons olhos

Já os analistas de real estate do BTG Pactual comentam que os dados de vendas parciais do trimestre são “impressionantes”. Eles destacam o resultado do ticket médio no período, de R$ 226 mil por unidade, no qual subiu 20% na base anual.

Segundo eles, o dado “certamente ajudará a empresa a melhorar as margens brutas” dos novos projetos. “Isso é positivo para a MRV. A empresa tem conseguido aumentar os preços de venda ao mesmo tempo em que
sustenta um volume de vendas consistente”, dizem.

Para o head de real estate da XP, Ygor Altero, a construtora segue mantendo um volume aparentemente saudável de vendas líquidas e reforçando a sua capacidade de precificação das unidades.

Minha Casa, Minha Vida ajuda em volta por cima

Além disso, o BTG reiterou a recomendação de compra para as ações, destacando melhores resultados e as mudanças positivas no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O que deixa os analistas “otimistas” com a empresa.

A equipe do Santander também reiterou a classificação de compra, com base na aceleração das vendas contratadas combinada com melhores preços de venda e margens.

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Contudo, o banco diz que as potenciais melhorias no MCMV oferecem potenciais riscos de alta para as estimativas da empresa. No mais, eles acrescentam um potencial retorno à geração de caixa a partir do segundo semestre.

“As possíveis novas atualizações no programa, a serem definidas pelo Conselho Curador do FGTS no dia 20, especialmente o aumento potencial teto do programa, podem representar um aumento adicional nos preços para a MRV”, diz Altero, da XP.

Para o trimestre, ele vê um cenário de demanda no segmento de baixa renda, o que pode beneficiar outras construtoras como Cury (CURY3), Tenda (TEND3), Direcional (DIRR3) e Plano&Plano (PLPL3).

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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