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Na Alemanha, Fávaro estreita relações e ressalta que o agronegócio do Brasil é ‘exemplo a ser seguido’

09 out 2023, 9:13 - atualizado em 09 out 2023, 9:13
fávaro agronegócio
O agronegócio do Brasil exportou US$ 3,5 bilhões para a Alemanha em 2022, com destaque para o café verde e farelo de soja (Foto: Ministério da Agricultura)

Durante a viagem à Alemanha, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o ministro federal da Alimentação e Agricultura do país, Cem Özdemir, para estreitar os laços de amizade e cooperação e tratar de parcerias.

Os dois ministros trataram de assuntos como o plano de recuperação de pastagens degradadas, a implementação do Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Europeia, as ações do Brasil na presidência do G-20 e a renovação do Diálogo Agropolítico Brasil-Alemanha.

O ministro Fávaro mencionou os resultados positivos obtidos pelo Brasil na redução dos índices de desmatamento e destacou a importância da produção agropecuária brasileira para a segurança alimentar mundial.

Na oportunidade, Fávaro apresentou o programa brasileiro de produção sustentável de alimentos do mundo, que prevê a recuperação e conversão de 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis, ao mesmo tempo em que estimula agricultores a adotarem práticas de produção sustentáveis.

“Temos como política a ser implementada pelo presidente Lula um crescimento a passos largos da nossa produção de alimentos, mas com respeito ao meio ambiente. Nós podemos dobrar a nossa produção de alimentos sobre pastagens de baixa produção, incremento com agricultura e pecuária, mas sem precisar de desmatamento. O mundo já percebeu essa responsabilidade brasileira e isso nos dá oportunidade de crescimento sustentável e, cada vez mais, ganhar mercados internacionais”, destacou.

Sustentabilidade no agronegócio

No lançamento da segunda fase da campanha internacional de sustentabilidade da proteína animal da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, convocou o setor produtivo brasileiro a quebrar a retórica de que o agro prejudica o meio ambiente.

O evento ocorreu na manhã deste domingo (8), no estande da ABPA na Anuga — maior feira de alimentos do mundo — em Colônia, na Alemanha. Durante o lançamento, Fávaro lembrou a revolução promovida pelo Brasil na intensificação da produção de alimentos sem avançar nas áreas preservadas do país.

Nos últimos 50 anos, o Brasil deixou de ser importador para se tornar um dos maiores exportadores do mundo aumentando a produtividade sem aumentar a área de plantio.

“Somos exemplo de sustentabilidade. Esse é o maior desafio da atualidade: mudar a retórica de achar que os produtores e produtoras brasileiros produzem em detrimento do meio ambiente. É mentira isso. Nós produzimos com respeito ao meio ambiente. É um desafio que passa a ser de todos nós. Campanhas como essa, que visam esclarecer, trazer a verdade, chamar os nossos compradores, parceiros, para visitar o Brasil e conhecer a realidade da nossa produção ampliam as oportunidades de negócios e fazem muito bem para a nossa economia e para os brasileiros”, destacou o ministro.

Nos últimos nove meses, o presidente Lula percorreu uma série de países retomando e reforçando a diplomacia brasileira. Além disso, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) junto com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) vem fazendo um forte trabalho junto aos parceiros comerciais que já resultou na abertura de 51 mercados para diversos produtos da agropecuária brasileira.

O ministro Fávaro também visitou neste domingo as empresas de carnes de aves e suínas no Pavilhão Brasileiro da feira.

O ministro Cem Özdemir reconheceu os esforços do Brasil e disse confiar na política sustentável do governo brasileiro. Özdemir ainda agradeceu a presença do ministro Carlos Fávaro na feira e enalteceu o papel do diálogo entre os países para a sustentabilidade dos sistemas agroalimentares, reforçando que a Alemanha está empenhada na construção desse diálogo.

Fávaro também se mostrou bem otimista para a implementação do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.

“A relação harmoniosa implementada nos últimos nove meses permite a gente acreditar que este ano ainda esse acordo se torna realidade e, com isso, a nossa agroindústria terá grandes oportunidades para exportar seus produtos com maior valor agregado”, ressaltou.

Comércio exterior

De acordo com dados do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AgroStat), o Brasil exportou em produtos do agronegócio brasileiro para a União Europeia, em 2022, US$ 25,5 bilhões.

Os principais produtos embarcados foram farelo de soja, café verde, soja em grãos, milho, celulose e sucos de laranja.

Para a Alemanha, o comércio exterior no mesmo período alcançou US$ 3,5 bilhões, principalmente, com café verde e farelo de soja.

Já em relação a importação, o Brasil comprou da União Europeia US$ 3,2 bilhões, sendo o azeite de oliva, papel e bebidas não alcoólicas os produtos mais relevantes do agronegócio.

Referente a Alemanha, foram importados em produtos do agronegócio US$ 396,4 milhões, principalmente o papel e rações para animais domésticos.

Atualmente, a Alemanha é a quinta parceira comercial do agronegócio brasileiro no mundo, atrás apenas da China, dos Estados Unidos, Irã e Japão, segundo dados do AgroStat de 2022.

Além desse comércio, a parceria Brasil-Alemanha impulsiona também o comércio entre União Europeia e América do Sul, visto que são as maiores economias em seus respectivos blocos e regiões.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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