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Na recuperação judicial do Grupo Petrópolis, o que atrapalha uma possível aquisição

29 mar 2023, 9:09 - atualizado em 29 mar 2023, 9:10
Para distribuidores menores, no entanto, destacou, o apetite seria por um player regional. (Imagem: Reprodução/Grupo Petrópolis)

O Grupo Petrópolis, que pediu recuperação judicial, não é uma pequena cervejaria nem um grande player. Para a XP Investimentos, a empresa tem o “tamanho errado” para encontrar melhores soluções.

“Devido a sua operação de distribuição, que é mais forte no sudeste do Brasil, há uma sobreposição em relação a outros distribuidores, o que pode tornar um M&A [operação de fusão e aquisição] menos interessante”, disse a corretora.

Para distribuidores menores, no entanto, destacou, o apetite seria por um player regional, não por uma indústria grande e em dificuldades.

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Concorrente do Petrópolis em alta

Na véspera, as ações da Ambev (ABEV3), concorrente do Grupo Petrópolis, subiram após a notícia da recuperação judicial.

No entanto, a XP avaliou que, embora a primeira análise da notícia seja marginalmente positiva para a AmBev (se não neutra), o avanço dos papéis da companhia deveria mais por uma correção de assimetrias, e não a uma mudança de fundamentos.

O Grupo Petrópolis afirma dever R$ 2 bilhões com obrigações financeiras e de mercados de capitais. As dívidas com terceiros somam R$ 2,2 bilhões.

A empresa pediu que os bancos SantanderDaycovalBMG Sofisa e o fundo Siena sejam obrigados a liberar valores mantidos nas conta do grupo, sem retê-los ante o pedido de recuperação judicial.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.