Internacional

Na Venezuela, relato de sequestro renova foco sobre violência contra a mulher

05 jun 2021, 16:38 - atualizado em 05 jun 2021, 16:38
Bandeira venezuela
Questão oculta: violência doméstica é ocultada por crise humanitária na Venezuela (Imagem: Carlos Becerra/Bloomberg)

Em 2001, Linda López foi sequestrada e mantida em cativeiro por quatro meses em um apartamento de Caracas, onde foi repetidamente estuprada e torturada.

Agora, ela publicou um livro sobre sua experiência e os anos de luta para levar o caso a julgamento em um sistema que, segundo ela, ainda falha com mulheres venezuelanas.

A publicação do livro co-escrito por López, uma advogada, e Luisa Kislinger, escritora e ativista venezuelana, ressuscitou o debate sobre violência contra mulheres e garotas na Venezuela, que, segundo ativistas, é frequentemente ofuscado pela crise humanitária e econômica do país.

A Venezuela não publica estatísticas sobre abuso doméstico, mas é um problema generalizado na América Latina que cresceu durante a pandemia, segundo dados da organização sem fins lucrativos norte-americana Comitê de Resgate Internacional, em relatório publicado no último mês de junho.

Em seu livro, “Crime Duplo”, López, mais conhecida pelo seu primeiro e segundo nomes, Linda Loaiza, detalha a provação horrível de ter sido amordaçada, algemada, agredida com garrafas de vidro, queimada com cigarros e repetidamente estuprada entre março e julho de 2001.

Luis Carrera, filho de um acadêmico proeminente, foi preso em novembro de 2001 e condenado em 2006 por agredir e sequestrar López. Passou seis anos na prisão.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.