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Não adiantou Bigode orar: Juiz bloqueia R$ 7,8 mi em favor de Mayke no caso do golpe das criptomoedas

13 abr 2023, 16:05 - atualizado em 13 abr 2023, 16:05
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Mayke marca gol que Scarpa tentou e consegue bloquear R$ 7,8 mi das contas de William Bigode em caso de suposto golpe envolvendo criptomoedas (Imagem: Wikipedia/ Fabio Giannelli / Soccer Digital)

A saga do suposto golpe de criptomoedas envolvendo ex-jogadores do Palmeiras, Willian Bigode, Mayke e Gustavo Scarpa, avançou nesta quarta-feira (12).

O juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª vara cível de São Paulo, determinou o bloqueio de R$ 7.834.232,61 das contas do jogador Willian Bigode, segundo o Estadão.

Além de Bigode, foram bloqueadas as contas de suas sócias, Loisy de Siqueira, mulher do atleta, e Camila Moreira de Biasi na empresa de consultoria financeira WLJC. A decisão se dá no âmbito do processo movido pelo lateral-direito Mayke.

“Scarpinha, agora é orar, fazer o que eu sei”

Após supostamente ser vítima de um golpe, Scarpa já havia alertado Bigode de que o advogado dele o orientou a entrar na justiça, segundo revelou o Fantástico, da Globo, em março deste ano. 

A resposta inclusive virou meme na internet. “Scarpinha, agora é orar, fazer o que eu sei”, respondeu Bigode. E pelo jeito teve resultado.

As contas dos sócios da Soluções Tecnologia e da WLJC no processo de Bigode foram incluídas posteriormente no processo, apenas a da XLand, empresa responsável pelo investimento em criptomoedas, estava inclusa antes.

Antes, a decisão do juiz não havia atendido o pedido dos advogados de Mayke para incluir os sócios das empresas. A mudança ocorreu porque o bloqueio das contas não havia sido o suficiente para alcançar o valor de ressarcimento das perdas apontadas por Mayke.

Anteriormente, Scarpa já havia tentado bloquear as contas de Bigode, mas sem sucesso.

Entenda o caso do golpe envolvendo criptomoedas e ex-jogador do Palmeiras

O golpe da empresa que supostamente oferecia investimento em criptomoeda não é tão novo no mercado. O próprio jogador Mayke, do Palmeiras, e o ex-meia do clube, Gustavo Scarpa, podem ter perdido cerca de R$ 11 milhões em investimentos por causa disso.

Os aportes de dinheiro na empresa foram feitos no ano passado em uma empresa chamada Xland, por meio da intermediação de uma corretora chamada WLJC Gestão Financeira.

A empresa diz oferecer investimento em criptomoedas. Entretanto, pode ser que, na realidade, seja um golpe tal qual outros diversos casos ao longo dos últimos anos.

Contudo, o caso tem um desenrolar curioso. A WLJC tem como um dos proprietários o jogador Willian Gomes de Siqueira, o “Willian Bigode”. Hoje, o jogador pertence ao Fluminense. Porém, também foi jogador do clube paulista até 2021.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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