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“Não consigo me lembrar de um que fez menos de 240%”; Saiba o que são ICOs e como participar

14 dez 2022, 17:26 - atualizado em 14 dez 2022, 17:26
Criptomoedas ICO
ICO é feito via financiamento para o projeto; usuário coloca criptomoeda em plataforma para fornecer liquidez e receber nova moeda que será lançada como recompensa (Imagem: Unsplash/Worldspectrum)

“Todos os “ICOs” que aconteceram na Binance performaram muito bem. Não consigo me lembrar de um que fez menos de 240%”, comentou Vinicius Feroldi, fundador da M3 Group ao Crypto Times. A oferta inicial de um token, ou ICO, pode ser definida como um IPO – oferta inicial pública – no mercado de criptomoedas. Mas é importante saber como participar e não cair em fraudes.

A startup criada por Feroldi tem como modelo de negócio o auxílio a projetos em lançarem suas criptomoedas no mercado. A empresa fornece serviços para realizar estes ICOs, como liquidez e tecnologia de formação de mercado.

Um ICO é feito através de financiamento para o projeto, então geralmente o usuário precisa colocar temporariamente alguma criptomoeda em uma plataforma, a fim de fornecer a liquidez e receber a nova moeda que será lançada em forma de recompensa.

Qual o mínimo para participar de um ICO, e por onde começar?

Em entrevista ao Crypto Times, Feroldi comenta que depende bastante da plataforma em que o ICO é feito, e qual preço o projeto irá definir em seu lançamento inicial. Mas, no geral, não é preciso muito para começar a participar dos IPOs do mercado cripto.

“Normalmente os ICOs vem com um supply, que é o fornecimento de tokens circulantes, muito alto. Por isso, o preço do ativo no início acaba sendo muito baixo”, explica.

No que tange à quais plataforma usar para participar, Feroldi divide em dois grupos, as CEXs – corretoras centralizadas – e as DEXs – corretoras descentralizadas. A Binance Launchpad, plataforma de lançamento de tokens da corretora Binance, foi a escolhida por Feroldi dentre as CEXs.

“Eu diria que as melhores plataformas hoje em dia são as que você mais pode confiar, e que tenha um histórico de lançamentos decente. Binance Launchpad com certeza sempre vai ser a número um da lista. Por que a Binance é a melhor corretora do mundo”, diz.

Ele diz que a Binance possui uma diligência maior para escolher quais tokens irá incluir em sua plataforma de lançamento.

“Na minha experiência com ICOs e corretoras, no passado não tiveram uma diligência tão grande por conta que estávamos passando por um ciclo de mercado muito bom”, diz.

“Elas [as corretoras] estavam querendo tirar o máximo de dinheiro com isso, mas a partir do momento que entramos no bear market, começaram a passar por diligências mais pesadas”, afirma.

Para os aventureiros do mundo descentralizado, Feroldi recomenda as que passam mais confiança, e que já passaram por testes de estresse no mercado.

“As que eu mais tenho olhado e utilizado querendo ou não é a Maker DAO. É uma instituição gigantesca, hoje possuem até a própria stablecoin [DAI] que concorre com a USDT”, diz.

O Founder da M3 Group comenta que a diligência da DAO é muito boa. Segundo diz, não é qualquer lançamento que consegue utilizar a plataforma da organização. Ele também cita a Seedify e Polkastarter como plataformas descentralizadas que realizam ICOs.

“Eu diria que o primeiro passo é entender como é a plataforma, se ela é segura, se já aconteceram ICOs nelas e fazer uma pesquisa sobre a média em que eles performaram”, diz.

Como escolher em qual ICO participar?

Vinicius Feroldi diz ser muito importante analisar a narrativa que o projeto está tentando emplacar. Ele coloca como exemplo a Cardano (ADA), em que a narrativa seria que a rede iria “matar” a Ethereum, ou seja, torná-la obsoleta, e não conseguiu. 

Além disso, é preciso saber muito bem o time que está desenvolvendo o projeto, e qual é a oferta inicial daquele fornecimento primário. Quer saber mais? Confira a entrevista na íntegra:

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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