Sucroenergia

Nova York vai confirmando falta suporte para altas do açúcar em 2021, pelo contrário, analisa Safras & Mercado

15 dez 2020, 16:06 - atualizado em 15 dez 2020, 16:14
Cana-de-açúcar
Safra na Ásia vai bem, sem as ameaças que falavam de chuvas irregulares e com mais ajuda à vista (Imagem: REUTERS/Rajendra Jadhav)

A possibilidade de o Brasil produzir menos açúcar o ano que vem sobre o projetado na safra atual (38,4 milhões/toneladas), como diz parte dos agentes do mercado seguindo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), sob expectativa de menos cana (reflexo da seca), não é absorvida pelos preços em Nova York.

Até mais commodity não é descartada, na contramão do etanol, como neste ano, que ainda apresenta garantias fracas de ganho de consumo em 2021, como também para o petróleo. Para completar, mais etanol de milho deverá ser produzido para pressionar o de cana.

Também a menor oferta esperada de açúcar da Tailândia não aconteceu.

As cotações, portanto, seguem mais próximas dos 13 centavos de dólar por libra-peso do que dos 15 c/lp, ante mais um período de superávit.

Tudo isso misturado, na enumeração de Maurício Muruci, da Safras & Mercado, com o mercado aguardando os subsídios que a Índia deve dar às exportações. “Que vai dar, não há dúvida, resta saber quanto”, diz o analista.

Já se falou em até 12 mil rúpias por tonelada, algo como US$ 163,18 ao câmbio atual.

O certo mesmo é que os indianos aumentaram a produção de açúcar em 107%, no começo do mês, para 4,29 milhões de toneladas. Em apenas 2 meses do início do ano-safra da Ásia.

Partem para 33 milhões/t na atual temporada.

A Tailândia em 12 milhões/t, aproximadamente, mantendo o nível com a temporada de chuvas normal, como vinha dizendo o analista da Safras.

Do pico de 15.31 c/lp do contrato março na ICE Futures, de 17 de novembro, o alimento vem em queda, salvo alguns repiques especulativos como nesta terça (15), no qual fechou em leve alta de 0,64%, a 14.21 c/lp.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.