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Natura (NTCO3) desaba com juros e rumor da fusão com Avon; é hora de comprar as ações?

13 set 2022, 17:15 - atualizado em 13 set 2022, 17:21
Natura
Analista ainda vê um longo caminho para a Natura no que tange a integração com a Avon (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

As ações da Natura (NTCO3) do Ibovespa (IBOV) fecharam o pregão desta terça-feira (13) em queda de 5,90%, cotadas a R$ 15,96.

Os papéis seguem a linha do principal índice da B3, que vive um dia apertado e rompeu o piso de 111 mil pontos, impactado pela inflação acima do esperado nos EUA

Com as bolsas brasileira e do exterior pressionadas, os ativos do varejo caem impulsionados pela alta dos juros futuros de longo prazo, explica a analista de varejo da Eleven, Victoria Minatto. Às 12h00, a curva de juros do Brasil acelerava alta para até 23 bps.

No caso da Natura, a queda é ainda mais acentuada devido aos rumores de uma possível fusão das operações com a Avon, além da cisão da Aesop e The Body Shop.

A Eleven tem recomendação neutra para NTCO3, com preço-alvo em R$ 20,00 — o que implica uma potencial alta de 18%, com base no fechamento de segunda-feira (12).

A fusão entre Natura e Avon

Os rumores do mercado dizem que a Natura deixará de focar no modelo de plataforma global de marcas de beleza e passará a focar na América Latina, com a aceleração da unificação com a Avon.

O conselho de administração da companhia irá se reunir quarta (14) e quinta-feira (15) para discutir uma mudança crucial de estratégia.

Minatto, da Eleven, afirma que os planos de curto prazo de reestruturação, já mencionados pela Natura, devem simplificar a estrutura da holding, diminuindo custos e impulsionando o resultado como um todo.

A possível fusão ainda otimizaria processos da companhia, dando mais clareza sobre o foco da Natura para o longo prazo, afirma a analista.

No entanto, Minatto “ainda vê um longo caminho pela frente no que tange a integração com a Avon”.

O cenário para Natura

A Natura viu seu valor de mercado derreter em 70% desde junho de 2021. A analista da Eleven lembra que a companhia foi uma das empresas de varejo que mais sofreu durante a pandemia.

“Diferentemente de seus pares que já superaram os patamares pré-covid, a Natura segue apresentando resultados fracos com forte pressão nas margens, levando a companhia a postergar seu guidance de receita e alavancagem financeira para 2024″, ressalta.

Além disso, diz, a guerra entre Rússia e Ucrânia traz uma pressão adicional, pois os dois países representam cerca de 20% da receita da Avon Internacional.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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