Mercados

Ibovespa (IBOV) derrete mais de 2% com derrocada de índices americanos; só duas ações fecham em alta

13 set 2022, 17:29 - atualizado em 13 set 2022, 17:32
Ações mais indicadas da semana
O Ibovespa seguiu as fortes quedas em Nova York e fechou esta terça-feira (13) no patamar dos 110 mil pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Pressionado pelo exterior, o Ibovespa (IBOV) caiu forte nesta terça-feira (13) e devolveu os ganhos do pregão anterior.

O índice de referência da B3 (B3SA3) derreteu 2,3%, a 110.793,96 pontos.

Em Wall Street, os índices tiveram desempenho pior, com Nasdaq fechando em queda de 5,16%, S&P 500 recuando 4,32% e Dow Jones caindo 3,94%.

Os mercados repercutiram dados piores que o esperado da inflação americana.

O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) deu sequência à trajetória de alta em agosto, mostrando aceleração em relação a julho.

O indicador subiu 0,1% no comparativo mensal e avançou 8,3% na base anual, ficando acima das projeções de alta de 8%.

Os aumentos nos índices de moradia, alimentação e assistência médica foram os que mais impactaram no aumento da inflação.

Já o núcleo do CPI, que exclui itens voláteis, como alimentos e energia, teve altas de 0,6% no mês e 6,3% na base anual. A previsão era de um aumento de 6,1% no acumulado de 12 meses.

Após a divulgação dos dados, o mercado passou a considerar a possibilidade de o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, elevar em 1 ponto percentual a taxa de juros do país na próxima reunião, que acontece semana que vem.

O mercado já descartou a alta de 0,5 ponto percentual. Agora, as apostas estão entre 0,75-1 ponto percentual.

Para o gestor Daniel Alberini, sócio na CTM Investimentos, as informações do CPI sugerem que o Fed terá um trabalho grande pela frente.

“E, quanto mais taxas de juros nos EUA, mais complexo fica para o restante do mundo, por fluxo de dinheiro migrando para lá, por risco, por volatilidade…”, comenta.

Na China, a incorporadora Evergrande anunciou a retomada de projetos de construção, em meio ao pico da temporada do setor no país, que costuma durar até o fim de outubro.

Mais cidades estão mostrando apoio ao crédito e ajustando as exigências da entrada que novos mutuários precisam dar, trazendo certo alívio para o setor de siderurgia.

Maiores altas e baixas

Em sessão marcada por ações no vermelho, apenas dois papéis fecharam em alta: MRV (MRVE3), que subiu 0,9%, e BB Seguridade (BBSE3), com avanço de 0,67%.

A alta da ação da construtora reflete as boas perspectivas do mercado para empresas do setor com exposição ao segmento de baixa renda.

A Hapvida (HAPV3) liderou as baixas do Ibovespa hoje após despencar 6,71%, seguida pela Natura (NTCO3), com desvalorização de 6,49%, e Qualicorp (QUAL3), que recuou 6,15%.

Além da pressão dos juros, os papéis da empresa de cosméticos sofreram com rumores de uma possível fusão das suas operações com a Avon, além da cisão da Aesop e da The Body Shop.

Vale (VALE3) terminou o dia em queda de 2,71%, apesar do avanço do minério de ferro na China. As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) perderam 2,86% (ordinária) e 2,94% (preferencial), reflexo da queda nos preços do petróleo.

O recuo das ações do setor bancário pesaram ainda mais para o Ibovespa nesta terça.

Com informações da Reuters.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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