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Negociações para extensão do acordo de grãos do Mar Negro começam em uma semana

17 fev 2023, 9:03 - atualizado em 17 fev 2023, 9:03
Crise Grãos Ucrânia
“As negociações sobre a extensão do corredor de grãos começarão em uma semana e então entenderemos as posições de todas as partes”, disse o vice-ministro ucraniano de Infraestrutura (Imagem: REUTERS/Yoruk Isik/Foto de arquivo)

Começarão em uma semana as negociações para estender uma iniciativa apoiada pela ONU que permitiu à Ucrânia exportar grãos de portos bloqueados pela Rússia após sua invasão, disse uma autoridade ucraniana nesta sexta-feira.

A Iniciativa de Grãos do Mar Negro, intermediada pelas Nações Unidas e pela Turquia em julho passado, permitiu que grãos fossem exportados a partir de três portos ucranianos.

O acordo foi prorrogado por mais 120 dias em novembro e deve ser renovado novamente em março, mas a Rússia sinalizou que está insatisfeita com alguns aspectos do acordo e pediu a suspensão das sanções que afetam suas exportações agrícolas.

“As negociações sobre a extensão do corredor de grãos começarão em uma semana e então entenderemos as posições de todas as partes”, disse o vice-ministro ucraniano de Infraestrutura, Yuriy Vaskov, durante uma conferência sobre grãos em Kiev organizada pela consultoria agrícola ProAgro.

“Acho que o bom senso vai prevalecer e o corredor será estendido”, disse.

Ele disse, sem dar detalhes, que a Rússia está sendo pressionada a não só para ampliar o corredor, mas também a melhorar seu funcionamento.

“Vemos que o inimigo está começando a apresentar novas condições. Entendemos que será difícil –como foi em novembro”, disse Vaskov.

A Ucrânia acusou repetidamente a Rússia de atrasar as inspeções de navios que transportam produtos agrícolas ucranianos, levando à redução de embarques e perdas para os comerciantes.

A Rússia já havia negado as acusações, dizendo que está cumprindo todas as suas obrigações sob o acordo de exportação de grãos.

As exportações ucranianas de grãos na temporada 2022/23, que vai até junho, caíram 29%, para 29,2 milhões de toneladas até 13 de fevereiro, devido a uma safra menor e dificuldades logísticas causadas pela invasão russa.

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