Neon se torna o novo unicórnio brasileiro após captar R$ 1,6 bilhão com BBVA

A fintech Neon acaba de se tornar o mais novo unicórnio brasileiro. O banco digital recebeu um aporte de R$ 1,6 bilhão (US＄ 300 milhões) em sua rodada Série D.

A rodada foi realizada pelo BBVA (Banco Bilbao Vizcaya Argentaria), grupo global de serviços financeiros. Segundo a empresa, o valor será investido em tecnologia, marketing, produtos e capital.

Outro objetivo é lançar novos produtos baseados na plataforma Democredit, inteligência proprietária para concessão de crédito.

Em comunicado divulgado à imprensa, Pedro Conrade, fundador da Neon, destacou que o banco dará caminhos “simples e sustentáveis” para obter crédito de forma justa, uma forma de contribuição para “diminuir desigualdades”.

“A Neon já cresceu muito e está cada dia mais sólida, mas uma coisa nunca mudou, nosso propósito de melhorar as finanças do trabalhador brasileiro, que é o que nos move. Com o apoio e experiência global do BBVA em digitalização e crédito teremos avanços ainda maiores”, destacou.

Somando todos os aportes, a Neon já recebeu mais de R$ 3,7 bilhões em investimentos. O primeiro foi de R$ 72 milhões em maio de 2018, em série A, com Propel Venture Partners, Monashees, Quona Capital e Flourish Ventures.

Em seguida, no final de 2019, foram mais R$ 400 milhões em uma rodada liderada por General Atlantic e Banco Votorantim, na série B.

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Em setembro de 2020, na série C, a Neon recebeu o aporte de R$ 1,6 bilhão também liderado pela General Atlantic. Este aporte ainda teve a participação dos investidores BlackRock, Vulcan Capital, PayPal Ventures, Endeavor Catalyst e Propel.

Fundada em 2016, a fintech chegou a marca de 15 milhões de clientes em 2021. A maioria deles, cerca de 88%, pertence às classes C, D e E. A empresa movimenta mais de R$ 5,8 bilhões por mês em transações.

Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), o país tem hoje 20 unicórnios — a lista, no entanto, não tem alguns nomes de empresas que atingiram o patamar no ano passado. A startup que inaugurou a lista foi a 99, no ano de 2018.

A expectativa é que outras empresas passem a ter US$ 1 bilhão em valor de mercado ainda em 2022 e entrem na lista. Algumas apostas são Cora, Kovi, Descomplica e Pier.