Nomes dos fiadores de Sam Bankman-Fried são revelados

Os nomes dos dois fiadores misteriosos do ex-CEO da corretora FTX foram revelados nesta quarta-feira (15). Sam Bankman-Fried atualmente está sob julgamento por diversos crimes financeiros.

O ex-reitor da Faculdade de Direito de Stanford, Larry Kramer, e o cientista de pesquisa de Stanford, Andreas Paepcke foram os dois grandes fiadores responsáveis por tirar Sam Bankman-Fried da prisão preventiva para que ele respondesse em liberdade condicional.

Um juiz havia determinado a favor de uma apelação feita pelos portais de notícias norte-americanos que pediam a revelação dos nomes, até então em segredo de justiça.

Kramer e Paepcke pagaram respectivamente US$ 500 mil e US$ 200 mil, respectivamente, segundo noticiou o CoinDesk.

Ambos os pais de Bankman-Fried, que também participaram na fiança com garantia de seu imóvel, são ambos instrutores de Stanford. Bankman-Fried foi detido nos Estados Unidos em dezembro passado, mas solto sob fiança de US$ 250 milhões.

Ex-clientes processam Private Equities

A Sequoia Capital, Thomas Bravo e Paradigm estão sendo processadas em ação coletiva por ex-clientes da FTX. As acusações são de promover fraudulentamente a corretora cripto antes dela quebrar, segundo a Reuters.

Segundo a queixa apresentada na terça-feira no tribunal federal de San Francisco, a Sequoia Capital, a Thoma Bravo e a Paradigm foram “incentivadas” em 2021 e 2022 a divulgar a FTX enquanto ainda eram credoras de mais de 550 milhões de dólares.

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O fato das três investirem antes do colapso, e divulgarem a empresa, desagradou ex-clientes, que enxergam como criminoso.

Os clientes disseram que os réus deram à FTX um “ar de legitimidade” ao garantir que fizeram suas diligências acerca das operações da FTX.

Um dos apontamentos na ação foi que um executivo da Sequoia disse uma vez que “fizemos nossa lição de casa” — e as consideram “seguras e protegidas” para investidores em criptomoedas.

“Bilhões de dólares em ativos de clientes se tornaram vítimas da ganância de Bankman-Fried e de seus co-conspiradores, como os réus”, afirma a queixa.

A ação busca indenizações não especificadas por supostas violações das leis de proteção ao consumidor da Califórnia, bem como indução fraudulenta, deturpação intencional e conspiração civil, segundo a Reuters.