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Nubank (NU) desaba mais 15% em NY; veja o que falta para ação valer a compra, segundo o BTG

20 maio 2022, 16:43 - atualizado em 20 maio 2022, 16:44
mãos segurando cartão roxo
BTG disse ser um grande fã da história do Nubank e que acredita que a empresa está “muito bem posicionada”. Imagem: Nubank/Divulgação

O Nubank (NU) desabava 15% em Nova York nesta sexta-feira (20), a US$ 3,63, com os BDRs na B3 (NUBR33) seguindo o mesmo ritmo, ainda que o BTG Pactual tenha elevado a recomendação da ação de “venda” para “neutra”.

O desempenho em parte reflete a baixa geral dos índices americanos, com os investidores vendendo ações em meio a preocupações sobre se o Federal Reserve será capaz de combater a inflação efetivamente sem causar uma recessão.

A perspectiva de alta de juros impacta diretamente as ações de empresas com o perfil de tech, como é o caso do Nubank. O BTG, no entanto, disse que tinha desde fevereiro a recomendação para venda dos papéis da empresa porque via a companhia mais como um banco do que uma tech.

Desde então, a ação caiu 58% até o fechamento da véspera, negociada a 4,6 vezes o valor de mercado sobre patrimônio líquido (P/BV) para 2022 (vs. 11,6x em 10 de fevereiro).

“Embora ainda indiscutivelmente caro, o Nubank agora tem um valor de mercado de US$ 19,9 bilhões, o que parece mais razoável”, disse o BTG, em relatório desta quinta (19) assinado por Eduardo Rosman e equipe.

O BTG disse ser um grande fã da história do Nubank e que acredita que a empresa está “muito bem posicionada” para possivelmente se tornar fintech líder da América Latina nos próximos cinco a 10 anos.

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O que pode virar o jogo para o Nubank

Após o balanço do primeiro trimestre, investidores locais e especialistas do setor passaram a apontar que o Nubank pode estar assumindo muitos riscos ao crescer em ritmo tão rápido em empréstimos não garantidos ao consumidor – principalmente no segmento de baixa renda.

Para o BTG, se o banco mostrar que pode passar por um ciclo ruim – de alta de juros – relativamente ileso, deixará evidente que é único no mercado.

“Ao contrário de outros bancos que aumentaram sua base de clientes e testaram o crédito ao longo do tempo, o Nubank conseguiu uma base massiva de clientes praticamente apenas oferecendo cartões de crédito (93% dos clientes pagam em dia)”.

Então, destaca o BTG, por ter uma ampla gama de clientes, “com bons dados”, e poder de operar com pequenos empréstimos para vários usuários, “o Nubank pode ser algo que nunca vimos antes”.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.