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Nvidia (NVDC34) perdeu mais de US$ 180 bi com ‘setembro tenebroso’, mas bancão vê oportunidade de compra

26 set 2023, 17:11 - atualizado em 26 set 2023, 17:15
Nvidia
Nvidia foi uma das ações mais afetadas pelo sell-off de ações de tecnologia em setembro.

As perdas acumuladas no setor de tecnologia da Bolsa americana tem levado analistas e investidores a clamarem pelo de fim de um setembro “tenebroso” para as ações.

Um dos termômetros desse pessimismo vem sendo o desempenho da Nvidia (NVDA;NVDC34). A dona da maior valorização do S&P em 2023 viu cerca de US$ 180 bilhões serem varridos da capitalização de mercado ao longo do presente mês, perdendo o posto de ‘campeã’. Ao menos por enquanto.



Além da mensagem indigesta do Federal Reserve e o aumento das taxas no mercado de títulos, a Nvidia vem sendo pressionada por um rumor de que a Microsoft (MSFT) diminuirá a demanda por GPUs H100, os chips utilizados para treinar inteligências artificiais.

O conjunto das notícias foi o suficiente para gerar uma força vendedora sobre o papel da empresa de Santa Clara, mas não intimidou o Morgan Stanley. O banco, por meio de um relatório assinalado pelo analista Joseph Moore, enxerga na queda da Nvidia uma oportunidade de compra.

Moore defende que as preocupações (sobre um arrefecimento do interesse em IA) são exageradas e sugere, a partir de investigações preliminares feitas pelo time do Morgan Stanley, que a demanda pelo chip H100 está “consistentemente superando a oferta em múltiplas regiões e clientes’.

Sobre a Microsoft especificamente, o analista chega a dizer que a empresa de softwares deveria aumentar o ritmo de procura pelos chips, em razão dos seus projetos.

A Nvidia detém cerca de 95% de todo o mercado de chips ultra avançados e que são utilizados para aplicações de IA.

Nvidia está com o menor preço dos últimos 12 meses

A relação custo-benefício de investir em Nvidia é motivo de uma discussão calorosa entre profissionais do mercado financeiro, após a ação ter praticamente triplicado em valor ao longo de 2023.

Enquanto uma parcela forte de analistas veem motivos para ser otimista com a ação, o que justificaria uma compra cara, há também que via o papel da fabricante negociando a um valuation muito esticado.

Agora, com a queda da 14% e a expectativa de lucros ainda crescentes, a empresa passou a ser negociada a um preç0-lucro de 28x, metade do registrado nos dias finais de maio, após a divulgação do já histórico balanço do primeiro trimestre.

Nos últimos seis meses, as estimativas de lucro por ação (EPS) da Nvidia para o ano fiscal de 2025 triplicaram, dizem analistas de Wall Street consultados pela Bloomberg.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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