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O amadurecimento dos brasileiros na relação com seguros

22 mar 2022, 15:32 - atualizado em 22 mar 2022, 15:32
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Tranquilidade: brasileiros adquirem cada vez mais produtos de seguro para passar pela vida sem sobressaltos (Imagem: Pixabay/ 12019)

Os brasileiros estão mais maduros na relação com seguros. É o que atesta o maior consumo dos produtos e pagamento de indenizações do ecossistema de garantias e proteções à vida, patrimônio e renda, entre outros. Agora, a grande missão das entidades e players deste mercado é tornar essa evolução ainda mais abrangente, expressiva e sustentável.

Mesmo em meio à recessão econômica, alta taxa de desemprego e pandemia de Covid-19, o mercado nacional de seguros atingiu R$ 306,4 bilhões em produtos contratados. Trata-se de uma alta de 11,9% em 2021, quando comparado ao ano anterior, segundo a Confederação Nacional da Empresas de Seguros (CNSeg). Isso sem os números de Saúde Suplementar, sob crivo da Agência Nacional de Saúde (ANS), e do seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), suspenso pelo 2º ano seguido pelo governo federal.

O resultado foi impulsionado especialmente pelo Seguro de Vida e Previdência Privada, com arrecadação de R$ 192,3 milhões em 2021. Um avanço correspondente a 11,5% frente ao exercício fiscal precedente. Os riscos iminentes de morte, sequelas graves por conta da Covid-19, perda de emprego e não recebimento da aposentadoria no futuro (dado o rombo no teto de gastos e comprometimento fiscal mais limitado por parte do governo federal) despertaram pessoas jurídicas e físicas para a cultura do cuidado.

Na população das classes média e alta, com melhor organização e dinheiro disponível, há maior senso de que os produtos de seguridade são verdadeiros investimentos para si e os seus familiares. O Seguro de Vida requer aportes relativamente pequenos e prevê indenizações que zelam tanto pelo segurado quanto por seus dependentes, dando-lhes maior respaldo para longevidade com qualidade de vida. Já a Previdência Privada é uma forma inteligente de poupar recursos financeiros e obter rentabilidade, geralmente para a manutenção do padrão financeiro na aposentadoria.

Nova gerações dão o exemplo e adquirem produtos mais cedo

Heverton Peixoto, CEO da Wiz
“A sensação de amparo e estabilidade econômica propiciada pelos seguros geram reciprocidade e fidelização”, afirma Peixoto (Imagem: Divulgação/ Wiz/ Paulo Negreiros)

As novas gerações, em razão da massificação da educação financeira e de melhor entendimento sobre os benefícios da contratação de seguros, estão dando o exemplo ao adquirir cedo as coberturas dos produtos Vida e Previdência Privada, como informam dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), divulgados seguidamente nos últimos meses por diversos veículos de comunicação. A estratégia assertiva de precaução financeira serve, sobretudo, para a perenidade do bom nível de subsistência. E, no caso específico da Previdência Privada, há um plus: quanto antes a adesão, menos impacto no orçamento e impostos a serem pagos no resgate da aplicação.

O comportamento mais maduro dos brasileiros acerca dos seguros é reforçado por outros números do Seguro de Vida. Só por conta da Covid-19, seguradoras registraram 31,8 mil sinistros e pagaram R$ 1,2 bilhão em indenizações, de abril de 2020 a dezembro de 2020. Com a explosão de casos, houve maior procura e melhor entendimento do produto, além da sensibilização das companhias de seguros. Isso resultou em um salto gigantesco: 116 mil sinistros e R$ 5,5 bilhões em indenizações no ano passado, segundo a Fenaprevi.

A sensação de amparo e estabilidade econômica propiciada pelos seguros geram reciprocidade e fidelização. Logo, abrem portas para oportunidades ampliadas de relacionamento. É por isso que cada vez mais o Seguro de Vida e a Previdência Privada ganham ênfase no portfólio/resultados dos bancos. Principalmente para instituições financeiras que atuam com gestoras de canais de distribuição e de seguros no formato bancassurance, reconhecido mundialmente como o mais eficiente na geração de receitas.

Diante desse quadro, com brasileiros mais conscientes e dedicados ao planejamento e gestão financeira para a prevenção e o sucesso de projetos e objetivos, especialmente de longo prazo, o que cabe ao setor de seguros? Como essa cadeia de negócios pode fazer mais e melhor?

Sem dúvidas é buscar inovação para melhoria de processos, produtos e serviços para seguir informando, atendendo o público de forma mais humanizada, tecnológica e digital, propiciando acesso ágil às indenizações. É somar forças por mudanças legislativas e concepções disruptivas em todas as frentes de atuação. Pelo bem dos consumidores, dos negócios e o desenvolvimento do País.

Heverton Peixoto é CEO da Wiz Soluções (WIZS3), uma das maiores gestoras de canais de distribuição de seguros e produtos financeiros no Brasil – Empresa avaliada em R$ 2,5 bilhões na Bolsa de Valores. Pós-graduado em Corporate Finance pelo Insead França, ele lidera há 4 anos cerca de 2 mil colaboradores na parceria com a Caixa e em contratos fechados durante sua gestão com Itaú, Santander, Banco do Brasil, BMG, Inter e BRB, entre outros. Seus 15 anos dedicados à seguridade incluem passagens pelo Grupo Amil e a Mckinsey & Company, nos quais atuou em projetos estratégicos para a América Latina, além da Caixa Seguros e da Par Corretora de Seguros.

CEO da Omni
CEO da Omni. Graduado em Engenharia Civil com MBA em Corporate Finance no Insead, França. Possui experiência relevante de mais de 15 anos em diferentes indústrias e segmentos, tendo atuado por quatro anos como Diretor Executivo da Wiz Corporate e um ano como Diretor de Transformação Digital da Wiz. Foi também consultor da Mckinsey & Company de 2008 a 2013, participando ativamente de projetos estratégicos no mercado bancário e de seguros da América Latina. Heverton Peixoto iniciou sua carreira na Rede Esho/Grupo Amil, com relevante experiência na indústria de seguros e saúde suplementar.
CEO da Omni. Graduado em Engenharia Civil com MBA em Corporate Finance no Insead, França. Possui experiência relevante de mais de 15 anos em diferentes indústrias e segmentos, tendo atuado por quatro anos como Diretor Executivo da Wiz Corporate e um ano como Diretor de Transformação Digital da Wiz. Foi também consultor da Mckinsey & Company de 2008 a 2013, participando ativamente de projetos estratégicos no mercado bancário e de seguros da América Latina. Heverton Peixoto iniciou sua carreira na Rede Esho/Grupo Amil, com relevante experiência na indústria de seguros e saúde suplementar.
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