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O desaceleramento do setor de custódia de criptomoedas

19 out 2020, 11:41 - atualizado em 19 out 2020, 11:41
Em sua segunda grande pesquisa com fornecedores do setor de custódia cripto, Digital Assets Custody demonstra que houve progresso limitado nesse setor desde 2019 (Imagem: Twitter/Digital Assets Custody)

A alemã Digital Asset Custody (DAC, na sigla em inglês) fornece serviços de consultoria para a custódia de criptoativos.

A empresa publicou seu primeiro grande relatório sobre fornecedores de soluções de custódia e suas ofertas em 2019 e, recentemente, lançou sua segunda edição.

No Estudo de 2020 da Digital Assets Custody, DAC busca novamente identificar tendências e desafios em relação ao setor de custódia. Descobre que quase todos os fornecedores melhoraram suas ofertas principais desde 2019 e a indústria está crescendo como um todo.

Ao mesmo tempo, DAC diz que o setor ainda está em sua etapa inicial e, assim como em 2019, é caracterizado por uma ampla gama de ofertas com pouca ou nenhuma definição e terminologia estabelecidas e nenhuma estratégia padrão sobre a precificação.

Em termos de abordagens regulatórias, a incerteza que desacelerou o progresso tanto no setor blockchain como o setor cripto impactou o setor de custódia de forma parecida.

Na verdade, 43% dos respondentes da pesquisa afirmaram que não eram reguladas por nenhuma autoridade financeira.

Dos 46% que disseram que eram regulamentados por uma autoridade financeira, a abordagem dominante foi para que fornecedores de custódia se integrem para serem reconhecidas como parte do setor existente de serviços financeiros.

Nesse contexto, supervisores de serviços financeiros como a Autoridade Federal de Supervisão Financeira da Alemanha (BaFin, na sigla em alemão), a Autoridade de Supervisão de Mercados Financeiros da Suíça (FINMA) e a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (FCA) são mencionados.

Grande parte dos participantes identificou as questões de harmonização regulatória relacionadas a licenciamento e cumprimento à lei como um grande ponto problemático em 2020.

O relatório destaca essa dependência padrão nas autoridades financeiras existentes por orientação e supervisão favorece a entrada de entidades bem-estabelecidas ao mercado de custódia de criptoativos, diferente das startups específicas de cripto, pois já estabeleceram a infraestrutura e os procedimentos exigidos.

Cinco soluções de custódia para pessoas e empresas

“Custódia” é “deter, direta ou indiretamente, fundos ou valores mobiliários de clientes, ou ter qualquer autoridade para obter posse deles”, segundo a SEC (Imagem: Freepik)

Mais seguro de depósito cripto disponíveis

Embora depósitos bancários de fiduciárias (moedas nacionais) sejam garantidos pelo governo em grande parte das jurisdições — o Esquema de Compensação de Serviços Financeiros (FSCS) no Reino Unido, por exemplo, e a Empresa Federal de Seguros de Depósito (FDIC) nos EUA —, não existe nenhuma cobertura de seguro lastreada pelo governo para cripto.

Assim, DAC argumenta que houve um impulsionamento positivo no setor de custódia cripto, em que 70% dos fornecedores confirmaram que possuem pelo menos alguma forma de cobertura de seguros (antes em 57% em 2019).

Apesar disso, o relatório destaca que grande parte dos fornecedores se recusaram a fornecer a capitalização de sua cobertura de seguros, então depositantes ainda devem realizar sua própria pesquisa sobre o nível de seguros antes de escolherem um fornecedor de custódia.

Em termos de quem está no mercado de soluções de custódia cripto, a pesquisa revela que fornecedores estão oferecendo serviços de custódia cripto nos seguintes grupos: gestoras de ativos (86%), corretoras (81%), bancos tradicionais (81%) e pessoas com altíssimo poder aquisitivo (50%).

Como conclusão, DAC afirma que, para o futuro, espera por uma mudança significativa e certa consolidação no setor, em que uma crescente certeza regulatória seja o principal direcionador da adesão.

Confira, abaixo, a segunda edição relatório da Digital Assets Custody:

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