O impacto da antecipação de dividendos sobre Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3)

A antecipação de dividendos, solicitada pelo governo às estatais federais, não seria exatamente um problema para a Petrobras (PETR4), por conta do nível de alavancagem da companhia, disseram analistas nesta terça-feira (26).

O BTG Pactual calcula que, excluindo potenciais vendas de ativos não recorrentes, a petroleira poderia antecipar R$ 61 bilhões (US$ 12 bilhões) em dividendos relativos ao segundo semestre de 2022, assumindo um preço médio de petróleo tipo Brent de US$ 100 e o dólar a R$ 5,30.

“Enquanto aguardamos mais detalhes concretos sobre a decisão da empresa, reiteramos nossa visão cautelosa sobre Petrobras“, diz trecho de relatório assinado por Pedro Soares e Thiago Duarte.

Resultados fortes

O sócio-administrador do escritório de agentes autônomos Boa Vista, Gillmor Monteiro, destaca que a intenção do governo em antecipar dividendos é anunciada em um momento em que o Banco do Brasil (BBAS3) tem apresentado resultados fortes.

A instituição deverá ter o mais salto de lucro entre grandes bancos no segundo trimestre, de 16%, mas com aumento do custo de crédito, segundo a Ativa Investimentos.

“Se o banco vai ser obrigado a distribuir dividendos, também é preciso olhar para as subsidiárias”, afirma Monteiro, destacando que o BB Seguridade (BBSE3) “já tem uma boa distribuição [de proventos]”.

As ações da subsidiária, do Banco do Brasil e da Petrobras subiam nesta terça-feira (26). Para um outro analista, “mais uma vez o governo cria ruído no mercado”, desta vez fazendo que com as cotações avancem.

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