O mea-culpa da Ultrapar (UGPA3) e os 5 erros do Posto Ipiranga

A Ultrapar (UGPA3) recentemente realizou o evento anual com investidores, onde Leonardo Linde, CEO da Ipiranga desde setembro de 2021, falou sobre cinco erros cometidos pela empresa.

O CEO fez um mea-culpa sobre o passado e apresenta um presente mais realista, com estratégias para reduzir os impactos dos erros.

Linde apontou que os erros cometidos foram:

1. Captura de margem não sustentável;
2. Expansão acelerada da rede de varejo após a tentativa frustrada de comprar a Alesat;
3. Velocidade e agilidade insuficientes no ajuste da política de preços;
4. Falta de foco por tentar atacar um número excessivo de frentes;
5. Políticas inadequadas de recrutamento e RH relacionadas a pessoas.

Apesar disso, a administração acredita que o Ipiranga não está atrás de outras empresas em termos de qualidade de ativos e que os ajustes que estão sendo feitos otimizarão tanto os processos quanto a execução.

Além disso, também destaca os ganhos de participação de mercado em março, devido aos ativos de alta qualidade que permitiram que sua base de varejo fosse bem abastecida, sem obstáculo de fornecimento.

Entretanto, os analistas Vicente Falanga, do Bradesco BBI, e Ricardo França, da Ágora, mantêm a ação da Ultrapar neutra, com preço-alvo de R$18.

Nova estratégia focada em 4 pilares

De acordo com Linden, os varejistas da Ipiranga estão se sentindo mais competitivos e o preço deixou de ser um item chave de negociação como no passado.

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Para reduzir a diferença de margem em relação aos principais concorrentes, o CEO disse que continuará se esforçando através de uma estratégia focada em quatro pilares, sendo eles:

1. precificação e inteligência;
2. logística e distribuição;
3. comércio e fornecedores;
4. gerenciamento e engajamento da rede.

“A nova estrutura deve permitir mais agilidade na tomada de decisões por parte da administração e também deve ajudar a identificar oportunidades de eficiência interna”, comentam os analistas.

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