Economia

O plano de Campos Neto que pode acabar com aplicativos de bancos

14 ago 2023, 12:20 - atualizado em 15 ago 2023, 11:48
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Presidente do Banco central defende que os superaplicativos agregar as informações e serviços bancários em um único lugar. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Um banco para a conta-salário, outro para o cartão de crédito. Mais um para investimentos e ainda a Caixa para acompanhar as contas que estão com o governo. Basta desbloquear o celular para encontrar alguns (ou muitos) aplicativos bancários.

No entanto, o Banco Central e o mercado financeiro estão trabalhando em uma solução para acabar com os apps dos bancos e permitir que o cliente encontre tudo em uma única ferramenta. Durante o Fórum de Gestão Empresarial da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), na semana passada, Roberto Campos Neto apresentou um projeto de “superaplicativo”.

O plano é que a ferramenta, também conhecida como “agregadores financeiros”, traga todas as informações do cliente e ferramentas bancárias que ele tem acesso em um só lugar.

“Você vai ter seu fluxo [financeiro de todos os bancos] consolidado em um instrumento só. Hoje, a gente paga o cartão de crédito, e tem aquele ‘dois de três [parcelas], cinco de oito’, e você não sabe mais quanto que você deve. Você vai apertar um botão [no superapp] e vai ter lá todo o seu fluxo de caixa”, disse o presidente do Banco Central.

O superaplicativo faz parte do projeto de open banking, liderado pelo do Banco Central. A ideia é que os clientes compartilhem os seus dados financeiros com os bancos para conseguir as melhores condições bancárias e de crédito. A tendência é que isso aumente a concorrência entre os bancos e fintechs.

Entre as funções possíveis, estariam, por exemplo, a possibilidade se chegar a taxa de juros que cada banco antes de pagar algo com crédito; escolher de qual banco será retirado dinheiro no caso de uma transferência; conversor de moeda física para moeda digital; e realizar investimentos.

“Se quiser fazer crédito, vai aparecer a taxa de juros que cada banco para aquela operação. Vai poder competir online pela sua operação”, disse.

Segundo Campos Neto, que já defendeu os superaplicativos antes, a expectativa é de que esse tipo de aplicativo esteja disponível até o final de 2024, embora não tenha dado mais detalhes sobre as etapas necessárias para o lançamento.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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