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O que a Cyrela (CYRE3) disse que faz a ação cair mesmo com resultados positivos no 4T23

15 mar 2024, 14:38 - atualizado em 15 mar 2024, 14:38
Cyrela construção civil construtora incorporadora dividendos
Cyrela recua mais de 2% após balanço financeiro aprovado por analistas, que reiteram compra das ações; fala de CFO repercute (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

Apesar dos resultados do quarto trimestre de 2023 serem vistos como “sólidos” por analistas do setor, as ações da Cyrela (CYRE3) recuam nesta sexta-feira (15).

Por volta das 14h35 (de Brasília), os papéis da construtora e incorporadora do segmento de alta renda caíam 2,7%, negociados abaixo de R$ 25.

Mesmo com a queda dos papéis, os resultados da Cyrela foram destaque do segmento.

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Mais uma vez, Cyrela não decepciona

Ação “top pick” da XP, o head de real estate, Ygor Altero, e o analista Ruan Argenton comentam que a Cyrela foi o destaque do segmento no quarto trimestre, chamando a atenção para os crescimentos de lucro e receita.

O analista da Empiricus Research, Pedro Niklaus, diz que os resultados ficaram acima do esperado pelo mercado, mantendo o ritmo de lançamentos bem aquecido e alto desempenho de vendas.

“Isso mesmo diante de um cenário mais desafiador para o segmento de incorporação, principalmente para média e alta renda”, observa.

Já os analistas do Safra, Luiz Peçanha, Luiza Mussi e Rafael Rehder, ressaltam o “impressionante” desempenho de vendas dos últimos trimestres, o que impulsionou o faturamento mais robusto da companhia.

“Enquanto a maior margem de lançamentos recentes, aliada a um ambiente inflacionário estável, impulsionou o desempenho da margem bruta ajustada”, comentam.

No entanto, a equipe da XP destaca que a empresa de maior valor de mercado da construção civil queimou caixa, devido a aquisição de terrenos no trimestre.

Contudo, Niklaus acredita que, com a expectativa de mais de cortes da taxa básica de juros (Selic), aliada ao crescente incremento de margem, a Cyrela seja um ótimo player para exposição no setor de construção civil.

Água no chopp? CFO pondera sobre margem bruta

Entretanto, investidores digerem as falas do CFO da companhia, Miguel Mickelberg, durante teleconferência com analistas sobre os resultados.

O executivo diz que não vê perspectiva de melhora da margem bruta, após uma evolução de 2,3 pontos percentuais (p.p) no indicador no quarto trimestre, ficando em 33,7%.

“Hoje, a gente não está vendo muita perspectiva para melhorar. É claro que sempre podemos ter boas notícias com os lançamentos que vão acontecer. Porém, hoje, a gente imagina que a margem deve ficar mais ou menos por esses patamares [do 4T23]”, , disse Mickelberg.

Analistas seguem otimistas e reiteram compra

Depois dos resultados de 2023, o analista do Itaú BBA, Daniel Gasparate, reforça que mantém a visão positiva sobre a empresa e continua a ver uma assimetria interessante, com a ação sendo negociada a 1,2 vez o preço da ação ao valor patrimonial proporcional (P/BV), ajustado por ações em tesouraria e dividendos a pagar.

O BBA tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 33 para CYRE3.

A equipe do Safra reiterou a compra após os resultados do quarto trimestre, com preço-alvo de R$ 29,80, acreditando que a construtora e incorporadora é uma das mais bem posicionadas para continuar capturando a recuperação esperada para resultados operacionais das construtoras residenciais no segmento de renda média/alta.

“Continuamos confiantes de que a alocação conservadora de capital da Cyrela, a equipe de gestão qualificada, o reconhecimento da marca e o sólido balanço patrimonial devem resistir a qualquer cenário macroeconômico”, avaliam os analistas do banco.

A XP também reiterou a preferência pela Cyrela no segmento de média/alta renda e compra, com preço alvo de R$ 26,00. Por sua vez, a Empiricus também reiterou compra para as ações da companhia.

*Com Reuters

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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