Mercados

O que está mexendo com os mercados? Veja as principais notícias desta tarde

23 fev 2021, 12:54 - atualizado em 23 fev 2021, 12:54
Ibovespa Ações Mercados B3SA3
Veja os destaques desta tarde (Imagem: B3/Linkedin)

1. Petrobras reage e lidera recuperação do Ibovespa, mas Nova York freia ímpeto

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A bolsa paulista buscava uma recuperação nesta terça-feira, guiada pela reação de Petrobras, um dia após a estatal perder 74 bilhões de reais em valor de mercado por preocupações sobre interferência do governo Bolsonaro na empresa.

Às 13h, o Ibovespa subia 1,38%, a 114.222,8 pontos. Na máxima, mais cedo, chegou a 114.406,69 pontos, mas perdeu o fôlego após a abertura de Wall Street. O volume financeiro somava 12,45 bilhões de reais.

O Ibovespa caiu 4,87% na segunda-feira, a 112.667,70 pontos, maior queda percentual diária desde abril do ano passado, com investidores enxergando aumento relevante do risco de interferência do governo em estatais.

Na visão da Ágora Investimentos, a Petrobras segue no centro das atenções, em meio a uma expectativa pela reunião do conselho de administração da companhia, que deve votar a indicação do general Joaquim Silva e Luna para comandar a empresa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Ainda sobre o tema, as notícias indicando a possível criação de um fundo para amortizar as flutuações nos combustíveis podem ajudar a reduzir as preocupações dos acionistas da empresa”, acrescentou em nota a clientes.

No exterior, o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, vai falar em audiência perante o Comitê Bancário do Senado nesta tarde.

Wall Street abriu no vermelho com investidores vendendo ações de crescimento, como papéis de tecnologia, em razão de preocupações com o patamar das cotações. O S&P 500 cedia 1,4%, o que ajudava a tirar o Ibovespa das máximas.

2. Como a mudança no comando da Petrobras pode afetar as distribuidoras de combustíveis

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O anúncio de troca de comando na Petrobras (PETR3;PETR4) criou muito ruído colateral no setor de distribuição de combustíveis, destacou a Ágora Investimentos. As ações da Cosan (CSAN3), Ultrapar (UGPA3) e BR Distribuidora (BRDT3) despencaram no pregão de ontem, seguindo a trajetória negativa dos papéis da estatal, que recuaram mais de 20%, bem como do Ibovespa, cuja desvalorização foi de quase 5%.

Nesta terça-feira, o Ibovespa opera com ganhos e as ações da Petrobras estão disparando. Às 12h06, o principal índice da Bolsa registrava ganhos de 0,41%, enquanto as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras subiam 5,43% e 6,81%, respectivamente.

A indicação do general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco na presidência da Petrobras feita pelo presidente Jair Bolsonaro alimentou preocupações sobre o setor de combustíveis, como uma possível retomada do controle da BR Distribuidora pela Petrobras.

Embora os analistas da Ágora não tenham descartado essa possibilidade, eles acham que é um cenário pouco provável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Fundamentalmente não faria sentido, a nosso ver”, afirmaram Vicente Falanga e Ricardo França, em relatório.

Segundo a Ágora, a Petrobras poderia assumir novamente o controle efetivo da BR Distribuidora por dois principais motivos: (1) garantir capacidade de importação para abastecer o mercado brasileiro caso as importações de terceiros desapareçam (dada a potencial nova política de preços da Petrobras abaixo da paridade), e (2) tentar influenciar os preços dos combustíveis na bomba vendendo combustível a preços mais baratos.

No entanto, esse movimento é visto como irracional pela corretora, dado que, para abastecer o mercado, a Petrobras poderia aumentar suas taxas de utilização das refinarias. Quanto à tentativa de baixar os preços dos combustíveis por meio do controle da BR Distribuidora, os analistas acreditam que é “muito esforço para resultados pouco
efetivos”.

“Em primeiro lugar, as margens brutas de distribuição representam apenas R$ 0,14/litro de preços finais na bomba que estão próximos a R$ 4. Em segundo lugar, a BR vendendo combustível a preços mais baratos para seus postos de varejo não garantiria os varejistas repassar esses preços, portanto, a mudança poderia ser ineficaz”, explicaram Falanga e França.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Outra questão levantada pela Ágora refere-se à venda da participação da Petrobras na distribuidora, algo que a corretora acha que não vai acontecer.

“Dado todo o escrutínio em torno dos preços dos combustíveis no Brasil, vender o resto de seu ramo de varejo para o setor privado não seria um título político positivo”, comentaram os analistas.

3. Pfizer espera avançar em negociação com governo após registro de vacina contra Covid-19 na Anvisa

A presidente da Pfizer no Brasil, Marta Díez, disse que o laboratório espera avançar nas negociações com o governo brasileiro para a venda da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica com a parceira BioNTech, após o imunizante receber o registro definitivo da Anvisa para uso no país, nesta terça-feira.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Ficamos muito felizes com a notícia da aprovação e gostaríamos de parabenizar a agência pela celeridade e profissionalismo que demonstrou em todas as etapas desse processo”, disse Díez em comunicado da empresa.

“Esperamos poder avançar em nossas negociações com o governo brasileiro para apoiar a imunização da população do país.”

Apesar do registro definitivo, o primeiro concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária pra uma vacina contra a Covid-19, o governo brasileiro não tem qualquer acordo de compra da vacina com a Pfizer.

O laboratório tenta negociar a venda desde junho do ano passado, mas nos primeiros contatos não teve sequer resposta — incluindo uma carta enviada pela empresa ao presidente Jair Bolsonaro oferecendo 70 milhões de doses do imunizante.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

4. Brasileiros estimam inflação de 5,3% nos próximos 12 meses

Consumidores brasileiros acreditam que a inflação oficial do país ficará em 5,3% nos próximos 12 meses. O resultado da pesquisa, realizada este mês pela Fundação Getulio Vargas (FGV), ficou acima das expectativas de inflação de janeiro deste ano, que era de 5,2%, e de fevereiro de 2020, que era de 5%.

O estudo é feito com base em entrevistas com consumidores em sete das principais capitais brasileiras. A eles é feita a seguinte pergunta: na sua opinião, de quanto será a inflação nos próximos 12 meses?

“O aumento da expectativa mediana da inflação dos consumidores para os próximos 12 meses tem sido influenciado pelo movimento de alta de alimentos e bebidas, produtos com elevada participação na cesta de consumo dos indivíduos. A sustentação dos preços, apesar da fraca atividade econômica, está associada à concessão de auxílios emergenciais e aos aumentos das commodities”, disse hoje (23), no Rio de Janeiro,  Viviane Seda Bittencourt,  pesquisadora da FGV.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em fevereiro, 15,2% dos consumidores estimam taxas abaixo da meta de inflação para 2021 (3,75%), um ponto percentual acima do mês anterior.

Por outro lado, a proporção de consumidores que acreditam em taxas acima do limite superior da meta de inflação para 2021 (5,25%) ficou em 27,1%, 2,6 pontos percentuais abaixo do anotado em janeiro.

5. Confiança do consumidor dos EUA sobe em fevereiro, mostra Conference Board

A confiança do consumidor dos Estados Unidos aumentou em fevereiro, provavelmente diante da queda nas novas infecções por Covid-19 e expectativas de estímulo fiscal adicional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Conference Board informou nesta terça-feira que seu índice de confiança do consumidor subiu para uma leitura de 91,3 neste mês, de 88,9 em janeiro.

Economistas consultados pela Reuters esperavam alta a 90.

Compartilhar

No mercado há mais de 5 anos, o Money Times é referência em investimentos pessoais, educação financeira, gestão de carreiras e consumo no mercado brasileiro. No Money Times, investidores, analistas, gestores e entusiastas do ambiente econômico brasileiro usufruem de textos objetivos e de qualidade que vão ao centro da informação, análise e debate. Buscamos levantar e antecipar discussões importantes para o investidor e dar respostas às questões do momento. Isso faz toda a diferença.
equipe@moneytimes.com.br
No mercado há mais de 5 anos, o Money Times é referência em investimentos pessoais, educação financeira, gestão de carreiras e consumo no mercado brasileiro. No Money Times, investidores, analistas, gestores e entusiastas do ambiente econômico brasileiro usufruem de textos objetivos e de qualidade que vão ao centro da informação, análise e debate. Buscamos levantar e antecipar discussões importantes para o investidor e dar respostas às questões do momento. Isso faz toda a diferença.