Mercados

O que está movimentando os mercados nesta tarde? Veja os destaques

04 dez 2020, 12:59 - atualizado em 04 dez 2020, 12:59
Mercados Ásia Tóquio
Veja os destaques do dia (Imagem: Reuters/Issei Kato)

1. Ibovespa encosta em 114 mil pontos e segue para 5ª ganho semanal seguido

O Ibovespa engatava a quarta alta seguida nesta sexta-feira, quando deve acumular a quinta semana consecutiva de valorização, com a bolsa paulista embalada pelo otimismo sobre vacinas contra a Covid-19, além de fluxo positivo de estrangeiros.

Às 13h, o Ibovespa subia 1,36%, a 113.829,64 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 113.855,52 pontos. Na semana, o ganho alcança 2,6%.

O volume financeiro nesta sexta-feira somava 9,7 bilhões de reais.

Nem a criação de vagas de trabalho abaixo do esperado em novembro nos Estados Unidos minou o clima positivo, assim como o aumento de casos de Covid-19 naquele país, dadas as expectativas de mais estímulos fiscais.

Na visão do diretor de operações da Mirae Asset, Pablo Spyer, é a fé nas vacinas e em novos estímulos nos EUA o que continua dando suporte, bem como o sentimento de que o pior do choque econômico da pandemia pode ter ficado para trás.

Nesse cenário, que ainda contempla mais estímulos fiscais e monetários em todo o mundo, os mercados emergentes, como é o caso do Brasil, voltaram a ficar atraentes, observou

“A volta do estrangeiro à bolsa e a emissão bem-sucedida do Tesouro Nacional nesta semana mostram que o Brasil está definitivamente em um lugar de destaque no radar dos investidores”, afirmou.

2. Criação de vagas de trabalho nos EUA fica abaixo do esperado em novembro

A economia dos Estados Unidos criou o menor número de vagas de trabalho em seis meses em novembro, diante do ressurgimento de casos de Covid-19, o que, com a falta de mais alívio do governo, ameaça reverter a recuperação da recessão.

Os EUA fizeram 245 mil contratações no mês passado, depois de 610 mil em outubro, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira.

Foi menor abertura líquida desde que a recuperação dos empregos começou em maio. O quinto mês seguido de desaceleração deixou o nível de emprego bem abaixo do pico de fevereiro.

O relatório de emprego cobriu apenas as duas primeiras semanas de novembro, quando a atual onda de infecções por coronavírus começou

As taxas de infecção, hospitalização e mortes dispararam, levando alguns economistas a esperar queda no emprego em dezembro ou janeiro diante da imposição de restrições a empresas e consumidores.

3. Mourão diz considerar difícil votar tributária este ano, mas afirma que governo não interfere

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira que considera muito difícil que a reforma tributária seja aprovada este ano, apesar das promessas iniciais do governo, porque ainda não há um consenso sobre a proposta.

“Na minha visão eu acho complicado (aprovar esse ano) porque não há um consenso sobre qual é a melhor reforma”, disse o vice-presidente, um dos maiores defensores no governo da reforma tributária.

Mourão, no entanto, negou que o governo esteja travando a reforma tributária para evitar dar um palanque para uma eventual reeleição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que desde o início encampou um projeto de reforma que está sendo tocado pela Câmara, independentemente da participação do governo federal.

“Eu não julgo que o governo esteja travando a reforma tributária. O que eu vejo que está acontecendo dentro do Congresso são dois fatores: o número 1 é essa questão da pandemia, em que o Congresso deixou praticamente de se reunir.

E sem se reunir temas polêmicos praticamente não avançam”, disse o vice-presidente a jornalistas. “Em segundo lugar a disputa pela sucessão nas duas Casas. Ela foi deflagrado e a partir daí é um jogo lá dentro.”

4. Brasil “encontrará modo” de flexibilizar teto, mas evitará estender auxílio emergencial

governo Bolsonaro “encontrará um modo” de flexibilizar o teto de gastos em 2021, mas sem estender o auxílio emergencial, evitando abandonar todas as regras fiscais no próximo ano, disse o Morgan Stanley (MS) nesta sexta-feira, prevendo que, mesmo sem o coronavoucher, a economia ainda terá espaço para crescer no começo do ano com as famílias munidas de poupança.

A avaliação vem um dia depois de dados do Produto Interno Bruto (PIB) mostrarem crescimento recorde da economia no terceiro trimestre, mas abaixo do esperado.

poupança também seria baseada no fato de muitos serviços que impactam segmentos de renda mais alta — como viagens — seguirem limitados.

“Contanto que as regras fiscais não sejam quebradas e com a inflação permanecendo sob controle, um ambiente de baixas taxas de juros deve ajudar a estender a recuperação (econômica)”, disseram Fernando Sedano, Thiago A. Machado e Lucas Almeida no relatório desta sexta.

Os profissionais calculam que o PIB brasileiro voltará aos níveis pré-pandemia no terceiro trimestre de 2021, à frente do maior rival na América Latina, o México, que deverá retomar esse patamar no terceiro trimestre de 2022.

5. Inflação para famílias brasileiras de renda mais baixa sobe 0,95% em novembro

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1 – de novembro, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), registrou alta de 0,95%.

Com isso, ficou 0,24 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de outubro, quando atingiu taxa de 0,71%. O indicador que mede a inflação para as famílias que ganham até 2,5 salários-mínimos por mês acumula elevação de 4,85% no ano e de 5,82% nos últimos 12 meses.

Em novembro o IPC-BR, que mede a inflação das famílias com renda mensal de 1 a 33 salários, variou 0,94%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 4,86%, nível abaixo do registrado pelo IPC-C1.

De outubro para novembro, seis das oito classes de despesa componentes do índice tiveram elevação nas taxas de variação.

setor de transportes passou de 0,29% para 0,90%, educação, leitura e recreação de 1,33% para 2,56%, saúde e cuidados pessoais de 0,05% para 0,23%, habitação de 0,28% para 0,39%, alimentação de 2,08% para 2,18% e despesas diversas com queda de 0,01% para alta de 0,11%.

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