Política

O que Galípolo tem a dizer sobre indicação para o Banco Central; ‘acho que todo mundo quer baixar os juros’

09 maio 2023, 16:12 - atualizado em 09 maio 2023, 16:12
Gabriel Galipolo, Haddad
Galípolo destacou que tem uma boa relação com o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. (Imagem: Reprodução/LinkedIn Gabriel Galípolo)

O secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, comentou pela primeira vez a indicação do seu nome para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central e apontou que é natural que ele esteja alinhado com o governo Lula.

“As críticas estão associadas à ideia de que o ministro Fernando Haddad e o presidente estão indicando alguém afinado com o governo, mas seria muito estranho se fosse diferente, se indicassem alguém desalinhado”, disse em conversa com jornalistas.

A indicação de Galípolo dividiu o mercado. De um lado, por ser o braço direito de Fernando Haddad, e diante das pressões do governo no sentido de acelerar o processo de redução da taxa Selic, a indicação foi vista por muitos como uma forma de interferência do governo nas decisões de do Banco Central.

Por outro lado, a nomeação também é vista como positiva, uma vez que Galípolo é originário do mercado financeiro e tem alguma experiência quanto ao funcionamento do mercado, podendo contribuir positivamente com as decisões de política monetária.

Sobre a Selic, Galípolo disse que reduzir a taxa básica de juros é uma vontade de todos.

“Acho que todo mundo quer baixar os juros. Tenho convicção que toda a diretoria do Banco Central não tem nenhum tipo de satisfação, nem profissional, nem pessoal, de ter um juro mais alto”, afirmou. “Espero que a gente consiga produzir consenso [sobre redução da Selic]”, completou.

O secretário disse estar honrado com a indicação e também destacou que tem uma boa relação com o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e que o objetivo é aproximar o governo da autoridade monetária.

“Eu tenho uma boa relação com Roberto Campos desde o início, uma boa relação com a diretoria, o que não significa obrigatoriamente que todo mundo vai pensar igual. E é óbvio que existe uma grande afinidade de pensamento com o ministro Fernando Haddad e a intenção é conseguir facilitar esse diálogo”, afirma.

Vale lembrar que antes de ir para o Banco Central, Galípolo precisará passar por sabatina e por votação no Senado Federal. A princípio, ele cumpre o mandato de diretor até fevereiro de 2027, com direito a uma recondução.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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