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O que o resultado da Shopee do 4T21 diz sobre o Magazine Luiza (MGLU3)?

07 mar 2022, 15:31 - atualizado em 07 mar 2022, 21:39
Shopee
A companhia de e-commerce registrou mais de 140 milhões de pedidos (aumento de 400% no ano) em 2021 (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

Pela primeira vez, a Shopee divulgou dados em seu balanço referentes ao Brasil.

Ao todo, a companhia de e-commerce registrou mais de 140 milhões de pedidos (aumento de 400% no ano) em 2021 e mais de US$ 70 milhões em receita (aumento de 326%).

Em relatório divulgado a clientes, o Santander avaliou que os números são marginalmente positivos para os players de comércio eletrônico listados no Brasil, “embora as observações prospectivas da Sea [controladora da Shopee] impliquem que o Brasil continua sendo um foco central de crescimento”.

“Com cerca de R$ 3 bilhões de GMV (valor bruto de mercadoria), que consideramos o trimestre mais forte do ano, o GMV mensal do Shopee Brasil está em torno de R$ 1 bilhão por mês, um pouco abaixo de algumas estimativas de mercado que apontavam para R$ 1,5 bilhão/mês”, dizem os analistas Ruben Couto e Eric Huang.

Além disso, eles lembram que a empresa informou que teve uma perda de Ebitda ajustado (que mede o resultado operacional) por pedido abaixo de US$ 2 no quarto trimestre de 2021. Ou seja, a perda de Ebitda ajustado no trimestre totalizou cerca de R$ 1,5 bilhão.

“A nosso ver, essas grandes perdas indicam que há um longo caminho para a autossustentabilidade do Shopee Brasil, o que deve gradualmente levar a empresa a adotar uma postura menos agressiva nos próximos anos, o que pode ser uma boa notícia para o ambiente competitivo das empresas listadas de comércio eletrônico”, completam.

Mesmo assim, a dupla diz que, no curto prazo, a Shopee é uma ameaça mais relevante para o Mercado Livre (MELI34), apesar do GMV da empresa de e-commerce estar se aproximando do Magazine Luiza (MGLU3).

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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