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O que Rede D’Or (RDOR3) pretende ganhar com a integração da SulAmérica (SULA11)?

28 mar 2022, 11:15 - atualizado em 28 mar 2022, 11:15
A Rede D’Or fechou a compra da SulAmérica no fim do mês passado em uma operação que envolve troca de ações (Imagem: Aplicativo/Sulamérica)

A Rede D’Or (RDOR3) está confiante de que capturará sinergias da aquisição da SulAmérica (SULA11) em várias frentes, de acordo com o BTG Pactual (BPAC11), que teve contato com a alta administração da companhia.

Em evento presencial sediado pelo banco, Otavio Lazcano e Thiago Gomes, respectivamente CFO e o diretor de relações com investidores e aquisições da Rede D’Or, afirmaram que, em uma primeira análise, as sinergias da operação englobam:

  • Aumento da participação da Rede D’Or nas despesas médicas da SulAmérica;
  • Melhores condições de negociação de custos para SulAmérica (como melhores condições de barganha), reduzindo potencialmente sua sinistralidade;
  • Eliminação de impostos desnecessários pagos no faturamento da SulAmérica;
  • Ganhos de participação de mercado esperados da SulAmérica sendo apoiada pelos hospitais de alta qualidade da Rede D’Or;
  • Estrutura de capital mais eficiente, uma vez que a Rede D’Or deve aproveitar seus ativos imobiliários para atender aos requisitos regulatórios de solvência da SulAmérica;
  • Enorme banco de dados que reúne informações de ambas as empresas que podem ser utilizadas para fins estratégicos.

A administração da Rede D’Or não deu detalhes quantitativos sobre as sinergias quantitativas, visto que a transação ainda precisa passar por análise dos acionistas da SulAmérica e ser aprovada pelos órgãos reguladores, como o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A Rede D’Or fechou a compra da SulAmérica no fim do mês passado em uma operação que envolve troca de ações. Acionistas receberão novas ações ordinárias de emissão da Rede D’Or em troca das ações ordinárias ou preferenciais da SulAmérica.

Pelos termos do acordo, a Sasa, holding que controla a SulAmérica, será extinta. Com isso, haverá a deslistagem da SulAmérica na Bolsa, com os acionistas migrando para a base acionária da Rede D’Or, que permanecerá uma companhia aberta listada no Novo Mercado.

A Rede D’Or assumirá o controle das sociedades atualmente controladas, direta ou indiretamente, pela SASA, destacadamente as sociedades que operam os negócios de saúde, odontologia, seguros de vida e previdência.

A operação engloba dois líderes do mercado de saúde no Brasil, juntando a maior rede hospitalar a uma das principais seguradoras independentes do país.

A todo vapor

A Rede D’Or segue otimista com seu plano de expansão, apresentado na época da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Até 2025, a companhia pretende expandir sua participação de mercado em um digital alto até dois dígitos, mais que dobrando o número de leitos hospitalares.

“Graças à maturação de mais de 40 iniciativas de expansão orgânica (60% delas em projetos brownfield – já existentes) e forte atividade de aquisições, estimamos que a empresa deverá expandir o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em uma taxa média anual de 25 a 30%”, comenta o BTG, em relatório divulgado neste domingo.

Vendo a Rede D’Or bem posicionada para consolidar o mercado brasileiro de saúde, o BTG reitera a recomendação de compra para as ações, com preço-alvo de R$ 60.

“Mais detalhes relacionados aos potenciais ganhos da combinação de negócios com a SulAmérica devem ser um catalisador positivo para a ação”, afirma o banco.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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