Comprar ou vender?

O que significa o sucesso de público de ‘Barbieheimer’ para o varejo e shoppings brasileiros?

24 jul 2023, 18:05 - atualizado em 24 jul 2023, 18:05
Barbie
Barbie tem a melhor estreia de 2023 (Imagem: Divulgação/Warner Bros)

O primeiro fim de semana de cartaz para “Barbie” e “Oppenheimer” (ou “Barbieheimer” como vem sendo falado na internet) já é o quarto maior da história no mercado dos Estados Unidos.

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Na América do Norte, “Barbie” destronou “Super Mario Bros: O Filme” e todos os longas da franquia Marvel lançados este ano, faturando um total de US$ 155 milhões em 4.243 cinemas. Com essa marca, o filme produzido pela Warner Bros (WBD) deu a Greta Gerwig, a diretora do filme, o recorde de melhor estreia para uma diretora mulher na história de Hollywood.

“Oppenheimer”, distribuído pela Comcast (CMCSA), também não ficou muito para trás. Foram US$ 80,5 milhões em 3.610 cinemas nos EUA e no Canadá. É também a melhor estreia de Christopher Nolan, diretor do filme, fora da saga Batman.

Os números do Brasil não são menos impressionantes. Por aqui, o filme dirigido por Greta Gerwig e protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling arrecadou R$ 22,7 milhões na estreia (20), a segunda maior do cinema comercial, atrás somente de “Vingadores: O Ultimato”. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex).

Mas não é apenas o público que está eufórico com “Barbieheimer”. Empresas estrangeiras – e agora nacionais – podem colher benefícios vindos da mobilização do público em direção às salas de cinema.

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Na análise da XP Research, dois setores são os mais diretamente impactados: varejo e shoppings.

Shoppings: crescimento na receita de estacionamento

A XP destaca a possibilidade de um impacto positivo para as redes de shopping controladas pela Multiplan (MULT3) e pela Iguatemi (IGTI11). Esse impacto seria atribuído a um aumento da receita com estacionamento, que representa até 30% do total da receita para o setor.

“Esse fluxo mais robusto também deve ajudar na dinâmica positiva de vendas do lojista, especialmente Iguatemi, que também oferece o evento Barbie Dreamhouse e deve ter um fluxo ainda maior”, argumentam os especialistas.

A XP pontua que um nível mais saudável de venda do lojista  auxilia o operador de shopping a conseguir repassar preço no momento da cobrança do aluguel sem pressionar o lojista. Porém, como a maior parte de receita de aluguel depende de um contrato fixo, e não ao desempenho de venda dos lojistas, o impacto pode não ser tão relevante.

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Varejo: foco nas vendas de merchandising da Barbie

A trend “Barbiecore” para as coleções de roupas pode atrair o interesse dos consumidores que já circulam nos shoppings. Diante disso, destacam-se ações de marketing de Lojas Renner (LREN3), C&A (CEAB3) e Riachuelo (GUAR3).

Os especialistas da XP, porém, não creem que o movimento será capaz de se traduzir em resultados trimestrais. “Acreditamos que essas ativações podem contribuir para a melhora de fluxo dos varejistas, mas não devem ser suficientes para ter um efeito material nos resultados, uma vez que essas coleções tendem a ser pouco representativas dentro do sortimento”, diz o documento.

Restaurantes também podem se beneficiar do aumento de fluxo nos shoppings, com o BK (ZAMP3) se destacando com decoração e lançamento de um combo da Barbie.

Mesmo assim, o time da XP sustenta ser difícil quantificar impactos materiais relevantes. “Para ser mais material, o fenômeno teria que levar a uma venda cruzada relevante – o que não parece ser o caso”, consta a análise.

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Em relação ao último dia 20, quando houve a estreia dos filmes, não foi possível detectar variações muito bruscas para as ações do segmento de varejo ou de shoppings.

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Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
jorge.fofano@moneytimes.com.br
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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