O tempo fechou: Gol (GOLL4) derrapa mais de 25% e vira a pior ação do Ibovespa em julho; o que fazer?

Julho não foi um bom mês para as ações de companhias aéreas. Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) lideraram as quedas do Ibovespa no período, apesar da trajetória de recuperação dos dados operacionais de ambas as empresas.

A Gol foi o papel do Ibovespa com a maior queda em julho, de 26,88%. No mesmo período, a Azul viu suas ações recuarem 19,03%.

Rodney Ribeiro, assessor de investimentos na WIT Invest, explica que as empresas de aviação sofreram por conta da pressão da subida do petróleo, que acaba prejudicando as margens dessas companhias.

Vale lembrar, no entanto, que, no acumulado do ano, o desempenho das duas empresas segue firme na Bolsa, com a primeira avançando 31,20% e a segunda registrando salto de mais de 60%.

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Em recuperação

Em julho, a Gol divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2023, com reversão de prejuízo bilionário no comparativo anual, para um lucro líquido de R$ 556,3 milhões.

Em paralelo, a Gol entregou a maior receita em um segundo trimestre na história da companhia, de R$ 4,1 bilhões, aumento de 27,9% em relação ao ano anterior.

A aérea também conseguiu mostrar melhora de custos, com o CASK (custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos) recuando 7,9% e o CASK-ex combustível ficando estável no comparativo anual.

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Mesmo sem grandes surpresas, os números divulgados pela Gol foram considerados positivos pela Genial Investimentos. A corretora destaca em relatório da semana passada que a empresa conseguiu manter o yield em níveis relativamente altos, enquanto as margens agradaram mais que o esperado.

“Acreditamos que seus próximos resultados ainda sejam impulsionados por uma demanda resiliente. Esperamos margens em patamares saudáveis, beneficiadas pelos novos repasses de combustível que ainda serão contabilizados e câmbio favorável”, afirma o time de análise.

Sem espaço para novas altas

Apesar do balanço positivo, as ações da Gol recuaram quase 6% no pregão seguinte à divulgação do relatório trimestral. A tese de investimento da aérea ainda levanta receios por parte dos analistas do mercado, que enxergam potencial de alta limitado para o nome.

A Genial, por exemplo, tem recomendação de “manter” para a companhia, com preço-alvo de R$ 8,20 – ou seja, vê potencial de queda pela frente.

O Santander é “neutro” com a empresa. O preço-alvo de R$ 9,30 implica possibilidade de queda.

Confira as cinco maiores altas do Ibovespa em julho:

Confira as cinco maiores baixas do Ibovespa em julho: