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Oi (OIBR3): 3 pontos de preocupação que tornam papel pouco interessante, segundo o UBS

08 jul 2022, 21:00 - atualizado em 09 jul 2022, 1:04
Oi (OIBR3;OIBR4)
Os analistas dizem que a alta complexidade e a margem de manobra limitada podem fazer com que os investidores se afastem da Oi (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

O UBS-BB reduziu o preço-alvo da Oi (OIBR3;OIBR4) em 64%, de R$ 1,7 para R$ 0,6, e rebaixou a recomendação de compra para venda.

Segundo os analistas, embora não seja fácil rebaixar a ação agora, depois da OIBR3 cair 70% em 12 meses, o novo modelo sugere que o cenário da Oi é desafiador em muitas frentes.

“O principal upside potencial que vemos para a Oi pode vir da gestão de passivos, onde o potencial de melhoria de custos é desafiado pelo atual ambiente de baixa liquidez e alta aversão a riscos”, coloca.

Porém, os analistas dizem que a alta complexidade e a margem de manobra limitada podem fazer com que os investidores se afastem. “Por isso preferimos permanecer à margem”, completa.

Veja a seguir três pontos de preocupação levantados pelos analistas do UBS:

Concorrência da Oi

O UBS diz que o mercado brasileiro de banda larga está dividido entre os três maiores players (52% de market share) e mais de 15.000 provedores de banda larga.

Essa fragmentação tem duas consequências, de acordo com relatório:

  1. concorrência acirrada, que levou a uma redução no ritmo de adições líquidas da Oi (junto com seus pares) e pode limitar sua capacidade de aumentar preços; e
  2. consolidação do mercado, que fortalecerá os concorrentes da Oi;

“A consolidação do mercado também impulsionará a consolidação da rede, resultando em menor demanda por serviços V.Tal – uma tendência até agora confirmada por nossas verificações de canal”, afirma.

Dividas e alta dos juros

Os analistas calculam que a queima de caixa impulsionada por despesas com juros é maior. A Taxa Básica de Juros, a Selic, disparou no último ano e pode ficar alta por um longo período.

“Nossa previsão de dívida líquida é 80% maior entre 2023 e 2026, já que despesas com juros mais outros passivos superam o Ebitda (R$ 1,9 bilhão/ano), resultando em queima de caixa no período”, diz.

Retorno com a V.tal pode demorar anos

Os analistas do UBS pontuam que o prêmio da empresa na participação na V.Tal, que foi reduzida para 34,7% (de 42,1%), pode levar anos para ser monetizada.

Eles dizem que V.Tal será lançado com um nível significativo de queima de caixa e com engajamento limitado de novos clientes.

“Apesar de nossa visão construtiva para o médio prazo, acreditamos que a realidade de curto prazo pode ser desafiadora”, ressalta.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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