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Oi (OIBR3): ação derrete 13% após reversão na justiça; na semana, tombo chega a 29%; hora de vender?

20 out 2022, 17:30 - atualizado em 21 out 2022, 0:46

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A ação da Oi (OIBR3) está tento uma péssima semana.

Após um grupamento malvisto pelo mercado, na tarde desta quinta-feira (20) a justiça não aceitou o pedido de suspensão de liminar apresentado por Vivo (VIVT3), Claro e TIM (TIMS3) e determinou que seja feita o depósito em juízo de R$ 1,52 bilhão aplicado no início do mês pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

A ação ordinária fechou com tombo de 13,33%, a R$ 0,26. Na semana, a queda chega a 29,7%.

As compradoras tentam reduzir em R$ 3,18 bilhões o valor a ser pago pelos ativos móveis. As três argumentam que a Oi deixou de cumprir obrigações previstas em contrato.

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A notícia foi classificada pelo BTG Pactual como muito ruim para Oi à época.

Em relatório, os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Vitor Melo destacaram que a Oi não receberá de imediato o valor, retido pelas três teles, e seu caixa de curto prazo ficará sob pressão enquanto o valor final a ser reajustado estiver em discussão.

Se não houver acordo, haverá o parecer de mais um auditor independente e, por fim, caso a situação persista, será necessária uma arbitragem.

“E mesmo que o ajuste final seja “apenas” os 9% retidos pelas teles (R$ 1,4 bilhão), isso ainda equivaleria a um impacto negativo de R$ 0,24 por ação”, calcula.

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No último dia 5, o BTG rebaixou a recomendação de compra para neutra com preço-alvo de R$ 0,40. Os analistas destacaram resultados “piores do que o esperado” das negociações com a Anatel e da venda da empresa de infraestrutura e ativos móveis.

Na visão da Genial, um parecer negativo é algo bastante prejudicial para a Oi, que busca se desalavancar e garantir o máximo de caixa no curto prazo para custear suas dívidas.

Mesmo com a venda de grandes ativos, a dívida líquida é da Oi ainda é “considerável”, a R$ 16,5 bilhões, considerando ajustes. A dívida bruta era de R$ 36 bilhões no ano passado.

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Oi tem futuro?

Em sua coluna para o Money Times, Beto Assad, analista e consultor financeiro no Kinvo, diz que uma empresa que só dá prejuízo, em recuperação judicial e valendo centavos não deve ser encarada como um ativo sólido, “onde se coloca boa parte do nosso suado dinheiro”.

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“As probabilidades continuam ruins para a empresa, por mais que ela tenha chances de se recuperar. Assim, quem quer colocar dinheiro nesse ativo deve ter em mente o grande risco envolvido, e assim dimensionar a quantidade de capital que deseja apostar”, completa.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.