Comprar ou vender?

Ação da Oi (OIBR3) pode ir a R$ 18 com grupamento, estima Guide; como fica o investidor?

18 out 2022, 17:08 - atualizado em 18 out 2022, 18:36
Oi (OIBR3;OIBR4)
Apesar do aumento do valor, na prática o acionista que tiver Oi na carteira não sofrerá mudanças (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

A ação da Oi (OIBR3) pode ir a R$ 18 com grupamento na proporção de uma ação para 50, calculado a partir do fechamento de ontem (17), afirma a Guide Investimentos em comentário enviado a clientes.

Nesta terça-feira (18), a ação despencou 11%, a R$ 0,31, também repercutindo um pedido de suspensão da liminar favorável à empresa.

Apesar do aumento do valor, na prática o acionista que tiver Oi na carteira não sofrerá mudanças, já que a empresa reduz o número de ações no mercado, mas o capital social continua o mesmo.

No caso da Oi, o número de ações em circulação passará de 6 bilhões para 132 milhões, sendo 128.9 milhões ordinárias e 3 milhões preferenciais.

Para a Guide, o movimento já era esperado, visto que a empresa havia anunciado essa possibilidade, para se adequar as regras da B3.

Segundo João Abdouni, analista da Inv, o investidor não é prejudicado na operação. Porém, é possível ocorrer efeito psicológico de que as ações ficarão caras e, por conta disso, investidores venderem para derrubar os papéis.

“Isso não altera a liquidez das ações. A não ser um movimento psicológico”, coloca.

Ele argumenta ainda que a volatilidade tende a cair, já que qualquer variação quando o papel está em R$ 0,30 é maior.

Já Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos, lembra que se a empresa propõe agrupar os papéis, é que os fundamentos estão ruins, ou seja, sem fôlego para fazer a ação subir acima de R$ 1.

Ainda de acordo com especialista, o grupamento trará mais liquidez e investidores para as ações, mas não necessariamente a Oi deixará de ser volátil.

“Com a ação acima de R$ 1, será mais difícil a manipulação desse tipo de papel. O papel a centavos é mais fácil de ser manipulado”, completa.

Efeito exacerbado da Oi

Em entrevista ao Money Times, realizada no ano passado, o CEO da Oi, Rodrigo Abreu, havia afirmado que a volatilidade da tele é exacerbada.

“Acreditamos que essas flutuações são naturais de operação de qualquer tipo de ação, mas no nosso caso se exacerba pela liquidez que a ação tem, uma das mais líquidas da Bolsa”, discorre.

Para ele, o investidor da Oi precisa pensar no longo prazo. Ele disse à época que “não adianta imaginar que o investimento na Oi é um investimento que no próximo trimestre eu tenho uma possibilidade de mudança gigantesca e vou ter um retorno de curtíssimo prazo”.

“Não é essa a nossa visão de planejamento, principalmente em relação ao investimento em infraestrutura e telecom, que são investimentos em longo prazo. Sabemos que existe um nível de volatilidade que vem em função dessa presença de pessoas físicas tentando trabalhar com eventos. Aprova ou não aprova, vende ou não vende, cresce ou não cresce”, completa.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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