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Operadoras de telefonia não estão imunes às turbulências dos mercados, diz Credit Suisse

15 abr 2020, 9:58 - atualizado em 15 abr 2020, 16:07
Vivo VIVT3
O Credit reduziu as estimativas das receitas de serviços da Vivo em 2 e 3% para 2020 e 2021 (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

As empresas de telecomunicações não estão totalmente imunes à crise do coronavírus, afirmou o Credit Suisse. Embora o setor seja um dos menos afetados, Oi (OIBR3), Vivo (VIVT4) e Tim (TIMP3) ainda devem sentir impacto em suas receitas, começando pela categoria de ofertas pré-pago.

“As recargas pré-pago parecem estar caindo cerca de 20% ano a ano desde a metade de março. Os demais negócios têm se mostrado bem mais resilientes, embora as companhias tenham notado redução nas adições líquidas pós-pago e uma leve desaceleração das instalações FTTH (fibra para o lar)”, pontuou a equipe de análise do banco.

Outra preocupação do Credit é a implementação do aumento de preços por parte das operadoras, que corre o risco de não acontecer neste ano.

“A falta de um aumento significativo de preço provavelmente levará a uma desaceleração relevante em receitas pós-pago (ou até a uma queda no comparativo anual)”, afirmaram os analistas Daniel Federle, Felipe Cheng e Juan Pablo Alba. Eles acreditam que a Tim será afetada primeiro, enquanto a Vivo pode ver uma desaceleração no segundo semestre.

O Credit reduziu as estimativas das receitas de serviços da Vivo em 2 e 3% para 2020 e 2021. Os números da Tim e da Oi também foram cortados em 5 e 3% e 4 e 3%, respectivamente. Os analistas ainda esperam que a dívida cresça gradualmente, com impacto total no segundo e terceiro trimestres deste ano.

Novos preços-alvos

Os analistas acharam melhor cortar os preços-alvos da Vivo e da Tim em aproximadamente 15%. Os novos valores são de R$ 57 para a Vivo e R$ 17 para a Tim.

Embora os tempos sejam incertos, o Credit continua enxergando as duas empresas como boas opções defensivas, uma vez que estão negociando a patamares atrativos – 16 vezes o múltiplo P/L (preço sobre lucro) em 2020.

O banco também elevou a recomendação da Oi de venda para neutra, mas cortou o preço-alvo da ação para R$ 0,50.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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