Small caps

Orizon (ORVR3): a jogada da small cap de gestão de resíduos para se tornar maior player do setor

17 dez 2025, 15:46 - atualizado em 17 dez 2025, 15:59
orizon orvr3 (1)
(Foto: Divulgação)

Orizon Valorização de Resíduos (ORVR3) anunciou, nesta quarta-feira (17), a aquisição da Vital, empresa do portfólio da família Queiroz Galvão, em seu maior M&A e num movimento que a colocará como a maior empresa do setor de resíduos do país em termos de volume destinado (passando de 8,7 milhões para cerca de 14,2 milhões de toneladas).

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O negócio tem efeito “transformacional” para a companhia, disse o diretor-presidente da empresa, Milton Pilão.

A estrutura combinada da Orizon e da Vital deve ter receita líquida anual superior a R$ 3 bilhões, Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) próximo a R$ 1 bilhão e lucro anual acima de R$ 350 milhões.

O negócio envolve a troca de ações, sem desembolso em dinheiro, com a Orizon emitindo 41.197.230 novas ações ordinárias e 5.646.849 bônus de subscrição.

Na nova configuração, os controladores da Orizon, acionistas de referência e a gestora EbCapital, ficam com 30,4% da empresa, enquanto os controladores da Vital terão 30%. Já as ações restantes ficam no free float.

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Por volta das 15h50, as ações ORVR3 operavam em alta de mais de 1%.



A nova empresa

Avaliada hoje em R$ 6 bilhões, a Orizon registrou R$ 281 milhões em receita e um lucro líquido de R$ 27,3 milhões no terceiro trimestre. A combinação das companhias cria um grupo com R$ 9 bilhões em valor de mercado.

Segundo Pilão, a união das companhias ampliará em 62% a capacidade de gestão de resíduos da Orizon, e adicionará 12 ecoparques (aterros com usina de biogás e tratamento dos resíduos) à companhia, abrindo também espaço em locais onde a empresa ainda não atua, como Belo Horizonte, São Luís do Maranhão e São Paulo, a maior concessão da América Latina.

A integração desses ativos fará com que, após a combinação de negócios, o grupo alcance 34 ecoparques, incluindo quatro em licenciamento. “Isso resulta num poder de fogo gigantesco para compra de insumos como manta para tratamento de chorume”, explica o executivo, ao mencionar também a possibilidade de ganhos com a escala da operação.

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Além disso, segundo Pilão, essa experiência será utilizada para criar e agregar serviços de gestão integrada nas unidades que hoje são operadas pela companhia.

Com isso, a empresa verá sua participação de mercado saltar dos atuais 11% para 18%, chegando a 14 milhões de toneladas sob gestão, o que representa o lixo gerado por cerca de 40% da população do país.

Quem é a Vital

A Vital, parte do portfólio da família Queiroz Galvão, opera em oito estados, com 12 ecoparques em atividade, cerca de 5,3 milhões de toneladas destinadas e 3,4 milhões de toneladas coletadas.

Para este ano, a Vital reporta receita próxima de R$ 2,1 bilhões, Ebitda na ordem de R$ 500 milhões, lucro líquido aproximado de R$ 280 milhões e dívida líquida estimada em cerca de R$ 360 milhões.

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Como fica a governança

Do ponto de vista de governança, o acordo prevê a assinatura de novo acordo de acionistas com vigência de 20 anos.

O conselho de administração deve ser composto por 11 membros, sendo quatro indicados pelos atuais acionistas de referência da OrizonVR (incluindo o presidente), quatro indicados pelo controlador das Sociedades Vital (incluindo o vice-presidente) e três independentes.

Os controladores da Vital terão direitos de veto em matérias específicas compatíveis com sua participação.

Benefícios e riscos

Em comunicado, a administração destaca os benefícios esperados como “maior previsibilidade de receita, ganhos de escala, eficiência operacional e diversificação por meio de biometano, créditos de carbono e geração de energia renovável”.

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Entre os riscos apontados estão a necessidade de autorizações regulatórias, eventuais atrasos na implementação, desafios de integração e mudanças de mercado.

A efetivação do negócio depende, ainda, da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da aprovação em assembleia dos acionistas da Orizon. Caso a operação seja aprovada, os acionistas dissidentes não terão direito de recesso, conforme previsto na legislação societária.

* Com informações de Estadão Conteúdo

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