Commodities

Ouro segue volátil enquanto investidores avaliam cenário

12 ago 2020, 11:24 - atualizado em 12 ago 2020, 11:42
Ouro
Depois de cair 5,7% na terça-feira, a maior queda diária em sete anos, o ouro à vista chegou a perder 2,6%, para US$ 1.863,15 a onça (Imagem: Reuters/Michael Dalder/File Photo)

O ouro se recupera na quarta-feira, dando continuidade às oscilações que fizeram o metal bater recorde na sexta-feira e depois cair para menos de US$ 1.900 a onça.

Após subir cerca de 30% desde janeiro, o rali do ouro foi interrompido repentinamente com o aumento dos rendimentos dos títulos dos EUA.

O metal precioso é uma das commodities com melhor desempenho em 2020, refletindo o impacto do surto de coronavírus na economia global, que levou bancos centrais e governos a injetarem enormes estímulos na economia.

Visto como ativo seguro, o ouro tem sido sustentado pela queda dos rendimentos reais dos Treasuries em território negativo.

No entanto, a forte correção não sinaliza o fim da corrida do ouro, de acordo com bancos como o Saxo Bank, segundo o qual a onda vendedora foi longe demais. Jeffrey Gundlach, da DoubleLine Capital, espera que o ouro continue em alta, apesar da correção.

Depois de cair 5,7% na terça-feira, a maior queda diária em sete anos, o ouro à vista chegou a perder 2,6%, para US$ 1.863,15 a onça. O metal então subiu 2% e era negociado a US$ 1.941,33 às 12h16 em Londres. A prata se valorizou 4,6%.

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Muitos ainda acreditam na contínua valorização do ouro (Imagem: Pixabay/@hamiltonleen)

Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiram mais de 10 pontos-base neste mês, em meio à melhora do apetite por risco e iminente fluxo de emissões de dívida.

A recuperação recente reflete as expectativas de investidores de que o coronavírus será contido, de acordo com o Standard Chartered.

Depois que o ouro “alcançou US$ 2.000 a onça, na mente de muitos investidores isso pode ter sido uma oportunidade de realizar lucro”, disse Gavin Wendt, analista de recursos sênior da MineLife.

Muitos ainda acreditam na contínua valorização do ouro. O Bank of America está entre os bancos que previram ganhos significativos nas últimas semanas, com estimativa de US$ 3.000 para o metal precioso.

“As expectativas de recuperação em forma de V dos bloqueios de coronavírus permanecem improváveis”, disse em relatório Avtar Sandu, gestor sênior de commodities da corretora Phillip Futures, em Cingapura. “Os fatores de fundamento de longo prazo do ouro permanecem positivos em perspectiva.

No entanto, no curto prazo, os preços do ouro parecem estar reagindo às manchetes e o quadro técnico projeta certa consolidação à frente.”

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