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Outro fundo imobiliário é incorporado e dá adeus à B3; Ifix fica no quase

08 fev 2024, 20:09 - atualizado em 08 fev 2024, 20:21
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Índice de fundos imobiliários passa por ajustes no fim do pregão e fecha em queda, sem nova máxima histórica (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

Os ventos mudaram e o índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 encerrou o pregão desta quinta-feira (08) em queda. Diante disso, não foi desta vez que o Ifix renovou a sua máxima histórica.

Depois de alcançar o maior patamar intradiário desde a sua criação, em 2010, de 3.346 pontos, o índice fechou com leve queda de 0,03% (após ajustes), aos 3.339 pontos.



Entre os mais de 100 FIIs listados, o XP Properties (XPPR11) registrou o maior salto do dia, de 15,14%. Ontem, o fundo divulgou o seu relatório gerencial de janeiro.

Segundo o analista da Empiricus Research, Pedro Niklaus, a forte valorização está relacionada ao processo do XPPR11 para a venda parcial ou integral de ativos para honrar seu passivo financeiro. O que, provavelmente, resultará em amortização de parte das cotas.

“No relatório gerencial, a gestão do FII sinalizou que deve receber propostas pelos imóveis até o fim da próxima semana. Daí, avaliará a possibilidade de convocar uma assembleia para deliberar sobre os valores ofertados, com perspectivas de trazer algo mais concreto ainda no primeiro semestre”, diz.

Niklaus ressalta que a possibilidade de amortização parcial das cotas nos próximos meses chamou a atenção do mercado, tendo em vista que o XPPR11 é negociado com 67% de desconto em relação ao seu valor patrimonial.

“O potencial valor a ser recebido pela venda dos ativos está acima do valor de mercado do fundo atualmente. Tem um ganho legal a ser realizado se tais vendas forem concretizadas”, observa.

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Por outro lado, o Devant Recebíveis (DEVA11) liderou as perdas, de 3,77%, em correção ao salto de 9,47% na véspera. O DEVA11 anunciou a distribuição de rendimentos deste mês com valor quase 50% acima do pago em janeiro.

Outro fundo imobiliário será liquidado

O fundo imobiliário Mauá Capital Hedge Fund (MCHF11) será mesmo incorporado e liquidado, conforme informado em dezembro do ano passado.

Em comunicado, o FII diz que passará por amortização total das cotas e, em até 90 dias, será liquidado. Desta forma, o MCHF11 será negociado pela última vez na B3 no pregão de 16 de fevereiro.

Para a devolução do valor patrimonial do fundo por meio de amortização, os investidores devem enviar informar ao fundo o custo médio para a aquisição de cotas. O prazo será de 19 fevereiro a 19 de março.

Por que tantos fundos imobiliários estão sendo liquidados ou incorporados?

Os ativos da carteira do FII serão alienados para o Mauá Capital Real Estate (MCHY11). Com isso, será feita uma conversão de cotas – de MCHF11 para MCHY11.

No mês passado, as cotas do MCHY11 foram desdobradas na proporção de um para dez. Com isso, o fundo imobiliário tem pelo cerca de 36 milhões de cotas.

*As cotações citadas são do site Investing.com

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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