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Fundo imobiliário da semana reduz vacância com aluguel em região ‘desafiadora’; FII caminha para liquidação

15 dez 2023, 18:42 - atualizado em 15 dez 2023, 18:42
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Índice de fundos imobiliários fecha pregão e semana em alta tentando ganhar fôlego para retornar a patamar não visto desde outubro (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

Apesar dos desafios encontrados na região de Barueri, na grande São Paulo, o fundo imobiliário XP Properties (XPPR11) informou ao mercado que acertou a locação de quatro salas de um imóvel em Alphaville.

Em comunicado, o FII explica que alugou as unidades 1501, 1502, 1503 e 1504, no 15º andar, do Condomínio Empresarial Iguatemi Alphaville (Edifício Itower) para uma empresa de educação.

O contrato está em vigor desde esta sexta-feira (15) e terá vigência por 60 meses (cinco anos). O espaço locado tem área bruta locável de 1,5 mil metros quadrados.

Desta forma, o XPPR11 reduzirá sua taxa de vacância de 45% para 43% e calcula receita de R$ 0,1952 por cota nos primeiros 24 meses de aluguel.

Contudo, a partir do 25º mês, a receita mensal do aluguel, sem considerar a correção inflacionária prevista no contrato, deverá cair para R$ 0,0139 por cota.

Nesta semana, o fundo imobiliário anunciou a contratação de uma boutique financeira, a Grow Real Asset Capital, para assessoria financeira e estratégica na coordenação de venda integral ou parcial de imóveis de seu portfólio.

O XPPR11 quer reduzir o nível ou quitar integralmente suas obrigações, uma vez que seu endividamento ainda é bastante alto.

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Índice de fundos imobiliários (Ifix)

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 fechou em alta no pregão de hoje com investidores ainda reagindo ao corte da taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual pela quarta vez seguida, para 11,75%. (Veja FIIs que estão com dividend yield acima da Selic, a partir de 15%).

Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que deverá promover mais cortes da taxa de juros nas duas primeiras reuniões do colegiado no começo de 2024.

O analista de fundos imobiliários do aplicativo Trix (da TRX Investimentos), Leonardo Garcia, comenta que a queda da Selic traz maior atratividade para os ativos de renda variável. Sendo assim, os FIIs devem avançar no próximo ano.

“Já vemos fundos de tijolo anunciando reavaliação imobiliária dos imóveis com boas valorizações. Enquanto o valor patrimonial dos fundos de recebíveis também têm subido com a queda nos juros futuros. Logo, imaginamos que esse ritmo se intensifique em 2024″, avalia.

Com isso, o Ifix encerrou em alta de 0,17% (após ajustes), aos 3.189 pontos, tentando ganhar fôlego para retornar aos 3.200 pontos, marca perdida no começo de outubro.



Entre os fundos listados, o Mauá Capital Hedge Fund (MCHF11) liderou as altas com salto de 7,47%, depois de convocar cotistas para aprovar, em assembleia a ser realizada em janeiro, a sua dissolução e liquidação.

A proposta é que os ativos da carteira do MCHF11 sejam alienados para o outro FII, o Mauá Capital Real Estate (MCHY11). Por sua vez, tal fundo aprovou o seu desdobramento de cotas na proporção um para dez.

Ou seja, no encerramento do pregão de 2 de janeiro de 2024, para cada cota emitida pelo MCHY11, serão atribuídas aos investidores nove novas cotas, somando dez.

Portanto, a partir de 3 de janeiro, as cotas já serão negociadas na B3 desdobradas. Já as cotas decorrentes da operação serão creditadas aos cotistas até o dia 05 do mês que vêm.

Até o pregão de 13 de dezembro, o MCHY11 tinha mais de 3,5 milhões de cotas em circulação. Com o desdobramento, o FII terá quase 35,9 milhões de cotas.

Por outro lado, o fundo imobiliário CSHG Logística (HGLG11) ficou com a maior queda do dia, de 3,55%.

A seleção de FIIs da XP para investir em 2024

Destaques da semana

O desempenho semanal do Ifix foi positivo. Com a alta de 0,13%, o índice de FIIs engatou a terceira valorização semanal seguida. Parte dos ganhos veio da disparada de 17,17% do XPPR11 após as notícias descritas acima.

Em contrapartida, o BlueMacaw Logística (BLMG11) continuou sofrendo consequências após anunciar o pagamento do dividendo com valor mais de 50% abaixo em relação ao montante pago em novembro.

Ontem, o BLMG11 pagou provento de R$ 0,30 por cota, enquanto no mês passado foi de R$ 0,66. O fundo explicou que, apesar de não ter taxa de vacância e ter boa geração de caixa, o momento é de reduzir a alavancagem. Além disso, adiantou que deverá reduzir o valor do dividendo a ser pago em janeiro.

Portanto, a cota do BLMG11 está sendo negociada nos menores valores de 2023 depois de cair até quarta-feira (13) oito pregões seguidos. O FII do segmento de logística encerra a semana com tombo de 8,88%, enquanto despenca 25% em dezembro.

*As cotações citadas são do site Investing.com

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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