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Pan Digital tem valor potencial a ser desbloqueado de R$ 12 bilhões, estima Santander

19 jun 2021, 10:21 - atualizado em 19 jun 2021, 10:32
Banco Pan
Apesar da falta de detalhes sobre o novo ecossistema do Pan, o Santander destacou que o Pan Digital está crescendo rápido, a um ritmo de 41 mil clientes por dia útil (Imagem: Divulgação/Pan)

O Santander (SANB11) divulgou um novo preço-alvo para a ação do Banco Pan (BPAN4), de R$ 31 para o fim de 2022, em substituição ao preço-alvo de R$ 16 para 2021. Os analistas estão otimistas com a companhia, que recentemente divulgou os primeiros indicadores do Pan Digital, lançado no início de 2020.

O Pan Digital faz parte da estratégia da companhia de se tornar um banco digital transacional completo. Além das funcionalidades de uma conta digital, a empresa passa a oferecer seguros, empréstimos pessoais, plataforma de investimento, entre outros serviços.

Apesar da falta de detalhes sobre o novo ecossistema do Pan, o Santander destacou que o Pan Digital está crescendo rápido, a um ritmo de 41 mil clientes por dia útil. A instituição avalia que o valor potencial do Pan Digital pode chegar a aproximadamente R$ 12 bilhões, ou cerca de 40% do valor de mercado do banco.

“Tentamos acessar o valor potencial do Pan Digital considerando um ecossistema digital semelhante ao Banco Inter (BIDI11) e suas ‘cinco vias de crescimento’, que são: (i) o próprio Banco Inter; (ii) InterShop (o mercado); (iii) InterInvest (a plataforma de investimento aberta); (iv) Inter Seguros; e (v) Crédito”, explicou o Santander, em relatório divulgado na quarta-feira e obtido pelo Money Times. “Estimamos valor potencial a ser desbloqueado de R$ 11,6 bilhões, o que representa 40% do valor de mercado atual do Banco Pan, ou um aumento de R$ 9,60 por ação”.

Revisões

O Pan apresentou melhorias na qualidade dos ativos ao longo dos trimestres. No entanto, à medida que a companhia muda seu mix de crédito para empréstimos de maior rendimento (cartões de crédito e empréstimos pessoais), o Santander acredita que a qualidade deve piorar para um nível mais alto de risco.

A estimativa para créditos não produtivos (NPL, na sigla em inglês) de 90 dias é de 5,1% em 2021 e 2022, com o indicador deteriorando para 5,5% em 2025.

No caso das tarifas, o Santander acredita que subestimou essa linha de resultado e revisou para cima as estimativas do volume total de pagamentos (TPV, na sigla em inglês) em 60% em 2021 e 90% em 2022, o que levou a um aumento de 45% nas tarifas de cartão em 2021 e 75% em 2022.

As projeções para as despesas totais aumentaram 33% e 48% para 2021 e 2022, respectivamente.

Banco Pan
O Pan está longe de ser um Inter, mas tem capacidade de chegar aos níveis atuais do líder de mercado, defendeu o Santander (Imagem: Divulgação/Pan)

Seguindo os passos do Inter?

Em relação ao crescimento da base de clientes, os analistas veem potencial no Pan para acelerar o ritmo de captação.

“O ritmo do primeiro trimestre de 2021 sugeria que poderia terminar 2021 perto de 15 milhões de clientes. Entendemos que este é um número que pode aumentar em cerca de 100 mil por dia útil, caso o banco decida se concentrar agressivamente em campanhas de marketing e incentivos aos clientes”, afirmou o Santander.

A instituição comparou Pan ao Inter, que tem um dos negócios digitais mais bem-sucedidos do Brasil. Os analistas acreditam que o Inter encerrará o ano com 20 milhões de clientes, com os números em trajetória de aceleração.

Segundo o Santander, o Pan está longe de ser um Inter, mas tem capacidade de chegar aos níveis atuais do líder de mercado – mesmo sem o marketplace.

“Notamos que alguns números do Pan Digital não superam os do Inter, pois esta é uma história comprovada, com um longo histórico. Acreditamos que algumas das taxas de penetração atuais do Inter só serão alcançadas pelo Pan no futuro, enquanto o marketplace está simplesmente fora de alcance”, disse.

A recomendação de compra para o papel do Pan foi reiterada. O Santander também tem classificação de compra para a ação do Inter, com preço-alvo de R$ 74.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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