Papa Francisco morre aos 88 anos

O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos. A morte do pontífice, o primeiro sul-americano e jesuíta da história da Igreja Católica, foi anunciada pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano.
“Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que comunico a morte do nosso Santo Padre Francisco”, diz o comunicado.
O papa Francisco esteve internado no hospital Gemelli, em Roma, do dia 14 de fevereiro até 23 de março, devido a uma pneumonia em ambos os pulmões. Desde, então estava sob cuidados no Vaticano.
Francisco, que assumiu o Vaticano em 2013, enfrentou constantes problemas de saúde nos últimos dois anos. Ele era propenso a infecções pulmonares devido a uma pleurisia desenvolvida na juventude, que resultou na remoção de parte de um pulmão.
Em fevereiro de 2025, o papa passou 38 dias internado devido a uma bronquite que evoluiu para pneumonia dupla; esta foi a mais grave crise de saúde de seus 12 anos de papado.
Nascido Jorge Mario Bergoglio em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Argentina, Francisco foi o 266º papa da Igreja Católica e o primeiro pontífice latino-americano e jesuíta da história.
Em dezembro de 2023, tornou-se o papa mais velho a permanecer no cargo, ultrapassando Clemente XII, que morreu dois meses antes de completar 88 anos, e seu antecessor Bento XVI, que renunciou ao pontificado em 2013, aos 85 anos.
Antes de ser eleito papa em 13 de março de 2013, Francisco foi arcebispo de Buenos Aires e cardeal. Seu pontificado foi marcado por reformas na Cúria Romana, um forte compromisso com questões ambientais, a busca pelo diálogo inter-religioso e uma postura mais acolhedora em relação a temas sociais. Ele também enfrentou desafios dentro da Igreja, como a crise de abusos sexuais e divisões internas.
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Entenda como é a escolha do novo papa
A escolha de um novo papa segue um processo rigoroso chamado Conclave. Após o falecimento ou renúncia do pontífice, tem início a Sé Vacante, período em que a Igreja é administrada pela Câmara Apostólica, liderada pelo Cardeal Camerlengo.
O Conclave ocorre na Capela Sistina, no Vaticano, reunindo os cardeais eleitores com menos de 80 anos. Eles fazem um juramento de sigilo absoluto e iniciam as votações secretas para eleger o novo pontífice.
Os cardeais votam em rodadas sucessivas até que um candidato obtenha dois terços dos votos. Caso não haja consenso nas primeiras votações, novas rodadas são realizadas, intercaladas por momentos de oração e reflexão.
Após cada votação, as cédulas são queimadas. Se ninguém for eleito, a fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina é preta. Quando um papa é escolhido, a fumaça torna-se branca.