Política

Parlamentares da UE pressionam por sanções comerciais se Bolsonaro tentar “subverter” democracia

28 set 2022, 16:27 - atualizado em 28 set 2022, 16:27
Jair Bolsonaro
Se a disputa for para segundo turno, a pesquisa Ipec aponta que Lula venceria por 54% dos votos contra 35% de Bolsonaro (Imagem: REUTERS/Carla Carniel)

Membros de centro-esquerda do Parlamento Europeu pediram nesta quarta-feira à União Europeia que monitore de perto as eleições de domingo no Brasil e observe qualquer tentativa do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) de subverter a democracia, e disseram que sanções comerciais deveriam ser impostas se ele o fizer.

Em uma carta aberta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e seu vice-presidente, Josep Borrell, o grupo Verdes/Aliança Livre Europeia e alguns deputados social-democratas disseram que Bolsonaro tem atacado sistematicamente o sistema eleitoral brasileiro.

“Pedimos que vocês tomem medidas adicionais para deixar inequivocamente claro para o presidente Bolsonaro e seu governo que a Constituição do Brasil deve ser respeitada e tentativas de subverter as regras da democracia são inaceitáveis”, afirmaram os parlamentares.

“A UE deve declarar que usará diferentes alavancas, incluindo o comércio, para defender a democracia e os direitos humanos do Brasil”, disseram os eurodeputados.

Bolsonaro está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas de intenção de voto e tem se recusado a dizer se aceitará o resultado se não for reeleito.

Ele tem feito alegações infundadas de fraude no sistema de votação eletrônica do Brasil.

Pesquisa Ipec divulgada na segunda-feira mostrou que Lula aumentou ligeiramente sua vantagem para 17 pontos percentuais antes da votação do primeiro turno, no domingo, e tem 48% das intenções de voto contra 31% de Bolsonaro.

A pesquisa mostrou que Lula pode vencer no primeiro turno, com 52% dos votos válidos, excluindo votos brancos e nulos.

Se a disputa for para segundo turno, a pesquisa Ipec aponta que Lula venceria por 54% dos votos contra 35% de Bolsonaro. A sondagem tem margem de erro de 2 pontos percentuais.

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