Economia

Páscoa: Alimentos estão 14,8% mais caros este ano; veja como driblar preços altos

03 abr 2023, 13:48 - atualizado em 03 abr 2023, 13:48
ovos páscoa
Produtos típicos da Páscoa estão mais caros neste ano, aponta APAS (Imagem: Pixabay/skoddeheimen)

A ceia de Páscoa deste ano irá pesar mais no bolso do brasileiro. Segundo pesquisa da Associação Paulista de Supermercados (APAS), os preços dos alimentos típicos estão 14,8% mais caros em 2023, conforme dados acumulados em 12 meses até fevereiro.

Dessa forma, a cesta de páscoa inflacionou acima do Índice de Preços dos Supermercados (IPS), que no mesmo período aumentou 14,2%.

  • Entre para o Telegram do Money Times! Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui e faça parte!

O bacalhau, por exemplo, apresenta alta de 7,4% nos últimos 12 meses, sendo a maior alta entre as proteínas que compõem a cesta de produtos típicos da época. Em contrapartida, a APAS aponta que outros peixes, como corvina e a pescada, aparecem como alternativa, com variação de -7% e 2% no mesmo período, respectivamente.

Apesar da alta nos preços, a Associação aponta que a inflação dos alimentos vem recuando em 2023, conforme o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), medido pela APAS em parceria com a Fipe. Em fevereiro, ele foi de 0,22%, mantendo a tendência de queda já registrada em janeiro, quando ficou em 0,45%.

Confira as tendências de preço dos produtos da cesta de Páscoa, segundo a APAS:

Chocolate

Conforma o IPS, o chocolate teve alta de 0,4% em fevereiro. Já o preço acumulado em 12 meses foi de 12,1% em janeiro para 10,2% em fevereiro.

“Vários elementos entram na composição do preço dos ovos, desde insumos produtivos, como o chocolate, até a marca e os brindes presentes nas embalagens. Portanto, o consumidor deve encontrar uma grande variedade de preços dos ovos de páscoa nas prateleiras dos supermercados”, avalia a Associação.

Bacalhau e pescados

A APAS aponta que o bacalhau tem seu preço pressionado pela procura sazonal. O item apresentou alta de 1,4% em fevereiro e acumula aumento de 4,4% neste primeiro bimestre. Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, o bacalhau aumentou 7,4%.

Em contrapartida, os pescados são uma alternativa ao bacalhau, visto que, no acumulado em 12 meses encerrados em fevereiro de 2023, aumentaram 3,65%. A corvina e a merluza são exemplos de substitutos, uma vez que nos últimos 12 meses tiveram redução de preços na ordem de 3,5% e 1,3%, respectivamente.

Acompanhamentos e azeite

Segundo a Associação, os preços da cebola, da batata e do alho apresentaram quedas significativas neste primeiro bimestre: 40%, 7,25% e 4,35, respectivamente. No entanto, no acumulado em 12 meses, a cebola ainda acumula alta de 36,2% e a batata 11,7%.

A azeitona também baixou 0,2%. O azeite de oliva aumentou 2,1% em fevereiro, acumulando alta de 10,2% em 12 meses.

Vinhos

Por fim, o vinho apresentou aumento de 0,6% em fevereiro. No entanto, no acumulado do ano, a alta de 1,2% da bebida ficou abaixo do índice da categoria de bebidas alcoólicas, que registrou 2,44%.

Em comparação com a páscoa anterior, os vinhos aumentaram 7%, enquanto as cervejas 10,7%.

Como economizar nas compras de Páscoa

Segundo o Procon-SP, é interessante que o consumidor análise a tendência geral de preços praticados pelos estabelecimentos. Além disso, no ato da compra, recomenda verificar o preço do frete e condições de entrega, que pode pesar no preço final.

Nadja Heiderich, professora de economia da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, destaca que nos últimos anos, o preço dos ovos de Páscoa tem levado os consumidores a buscarem alternativas.

A educadora menciona que entre os motivos que explicam os altos preços dos ovos, está o elevado valor agregado do produto em relação à concorrência.

“Os custos de produção dos ovos de Páscoa são consideravelmente mais elevados, pois incorporam mais mão de obra, mais embalagens, maior custo logístico”.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
Linkedin
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.