Setor Elétrico

Pela 1ª vez, energias solar e eólica dominam nova capacidade

01 set 2020, 13:28 - atualizado em 01 set 2020, 13:28
Eolica
As energias solar e eólica respondem por mais de dois terços das adições de energias (Imagem: REUTERS / Jamil Bittar)

Pela primeira vez, as energias solar e eólica responderam pela maior parte da nova geração de energia no mundo, marcando uma grande mudança na forma como os países obtêm eletricidade.

No ano passado, as adições de energia solar totalizaram 119 gigawatts, representando 45% da nova capacidade total, de acordo com relatório divulgado na terça-feira pela BloombergNEF. Juntas, as energias solar e eólica responderam por mais de dois terços das adições.

Em 2010, essas fontes foram responsáveis por menos de 25% do total. O aumento coincide com as medidas de países para reduzir as emissões de carbono e queda dos custos das tecnologias.

Luiza Demoro, analista da BNEF, destaca que o mundo está no caminho certo. “É bom para o clima.”

As instalações globais de energia movida a gás natural – que em 2010 foi a principal tecnologia instalada em mais de 30% do mercado global – caíram para o menor nível em 10 anos em 2019.

Ao mesmo tempo, 81 países instalaram pelo menos 1 megawatt de energia solar no ano passado. China e Índia foram os principais mercados para nova capacidade.

Ainda assim, o mercado global adicionou 39 gigawatts de nova capacidade líquida de carvão em relação aos 19 gigawatts em 2018, que foi o menor nível em 10 anos.

“É um bom começo, mas não é o suficiente no longo prazo”, disse Demoro em entrevista. “O carvão ainda representa uma grande fatia – 29% da capacidade instalada globalmente e 35% de toda a energia produzida no ano passado. Há muito trabalho a ser feito para substituir essa capacidade.”

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