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Perdeu dinheiro com Shiba Inu Coin? Saiba mais para não acontecer novamente

07 out 2021, 18:28 - atualizado em 08 out 2021, 7:58
Shiba Inu Coin (SHIB)
(Imagem: Shutterstock/Reprodução)

Eu já havia comentado aqui sobre o fenômeno do FOMO, não por prever o futuro, mas por ser algo natural neste mercado. A criptomoeda SHIB corrigiu seu preço ao longo do dia e quem não vendeu pode ter perdido dinheiro.

A verdade é que quem ganha dinheiro em moedas que valorizam demais sem motivos aparentes são justamente os investidores mais responsáveis pela queda brusca da moeda.

O que acontece nesse tipo de situação muitas vezes é chamado de “pump and dump”, ou “inflar e largar”, em tradução livre.

Investidores maiores (apelidados de “baleias do mercado”) adquirem grandes quantias de moedas a valores baixos, e esse movimento faz o preço da moeda saltar muito.

Devido à rápida valorização causada pelas baleias, os investidores menores, chamados de “sardinhas”, ficam animados, agem por FOMO, e começam a comprar a moeda aos montes. É a isca perfeita.

A criptomoeda passa a pegar ainda mais volume e ficar cada vez mais visada, de modo que sua valorização aumenta muito em poucos dias.

O final é trágico, as baleias engolem as sardinhas. Aquele investidor maior, que comprou uma quantia gigante no começo, coloca o lucro no bolso.

Assim que ele vende as moedas, o movimento é de queda. Essa estratégia é considerada um crime financeiro, entretanto não há muitas regulações no mercado de criptomoedas, por isso o espaço para esse tipo de “scam”, ou golpe, é maior.

Gráfico da Shiba Inu Coin desde sua criação. É interessante reparar nos dois picos de supervalorização ambos neste ano, e logo após o movimento natural de queda. (Imagem: CoinMarketCap/Reprodução)

Para se proteger deste tipo de movimento de mercado, é preciso questionar a rápida valorização da criptomoeda, estudar o projeto por trás dela e quem a criou. Não é natural um movimento visto acima, muito menos economicamente saudável.

Algo que também ajuda a detectar esse tipo de movimento é observar como está a distribuição de tokens.

Toda criptomoeda programada em blockchain é passível de consultar informações importantes, como: quantas pessoas a detém, quantas moedas cada uma delas possui, e quantas existem no mercado. Somente com essas três informações já é possível verificar se o projeto é ou não um golpe.

No caso da Shiba Inu, a carteira de endereço “0xdead000000000000000042069420694206942069” é o que mais tem a criptomoeda, segundo dados do site CoinMarketCap. A quantidade é de 410,253,388,546,243.9 SHIB, isso equivale a 41.03% das moedas no mercado. Para comparação, o maior detentor de bitcoin (BTC), possui apenas 1,37% dos bitcoins já minerados.

Uma venda deste tamanho, mesmo que aos poucos, é prejudicial para qualquer tipo de ativo. Assim que um lucro deste tamanho é feito, a oferta pela moeda aumenta exponencialmente, e ela derrete.

É disso que trata-se o “pump and dump”: inflar a criptomoeda, atrair atenção de pequenos investidores para vender mais caro depois. O blockchain permite termos acesso a informações transparentes sobre todas as criptomoedas, justamente para a prevenção de riscos desse tipo. 

É de extrema importância estudar o movimento deste mercado e buscar acesso a informações como essa para não ser engolido pelas “baleias” do mercado.

É claro que teve investidor menor que vendeu no momento certo, e tirou um bom lucro desta situação. Mas o fato de haver apenas uma pessoa com uma grande quantidade de ativos na carteira é algo perigoso, e exige cuidado.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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