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Petrobras: maior risco do programa de desinvestimento foi vencido, avalia Ativa

05 out 2020, 19:22 - atualizado em 05 out 2020, 20:17
Refinaria
Segundo ele, mesmo com a vitória, é possível que a venda das refinarias sejam contestadas novamente (Imagem: REUTERS/Francisco Bonilla)

O desfecho do processo do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) para decidir se a venda de refinarias deveria passar pelo crivo do Congresso acabou bem para a Petrobras (PETR3;PETR4). Por 6 votos a 4, os ministros entenderam que a empresa pode vender seus ativos sem aval dos congressistas.

Para a Ativa, o maior risco envolvendo seu processo de desinvestimentos foi vencido.

“Apesar da vitória parcial, a companhia não pode esmorecer e precisa rumar à concretização de seu plano. Uma nova etapa de propostas será aferida para RELAM (Refinaria Landulpho Alves) possivelmente ainda em outubro e, até lá, a companhia deve continuar disponibilizando teasers ao mercado”, afirma o analista Ilan Arbetman.

Segundo ele, mesmo com a vitória, é possível que a venda das refinarias sejam contestadas novamente.

“Até por isso, a decisão do STF semana passada ganha mais relevância, uma vez que ela embasa boa parte do processo da empresa e desmotiva futuras contestações”, completa.

Para Arbetman, a vitória na corte suprema consolida o entendimento nas esferas superiores quanto a importância “do destravamento de valor que o país tanto necessita”, argumenta.

A venda de refinarias pode levantar para a Petrobras um terço do limite máximo de US$ 30 bilhões que a companhia espera angariar com seu plano de investimentos até 2024.

Sem ingerência

Credit Suisse disse que a decisão elimina os riscos que, de outra forma, poderiam interromper o processo de venda.

“A alienação de refinarias atenua os riscos de interferência política nos preços dos combustíveis da empresa e na alocação de capital”, afirma.

Já segundo a XP Investimentos, o desinvestimento de ativos da companhia é de grande importância para a avaliação das ações da empresa.

“Embora reconheçamos que nem todas as transações possam ocorrer ou que seus valores podem ser diferentes de nossas estimativas, qualquer avanço já seria visto como muito positivo para a Petrobras devido aos efeitos positivos de redução do endividamento e simplificação da estrutura corporativa”, diz a corretora.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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