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Petrobras (PETR3; PETR4): ações compensam? Para Ativa, a resposta é não

10 mar 2022, 11:45 - atualizado em 10 mar 2022, 11:45
Petrobras, petróleo
Petrobras não é indicada pela Ativa (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O risco das ações da Petrobras (PETR3; PETR4) não compensam, segundo a Ativa Investimentos.

A estatal ainda não conseguiu surfar na onda da alta do petróleo dos últimos dias, o que preocupa os investidores. Nesta quinta-feira (10), a Petrobras reajustou o preço da gasolina em 18% e do diesel em 25%.

“Seguimos neutros em relação à Petrobras, enxergando assimetria na relação risco x retorno de seus papéis em função das discussões acerca da paridade de preços de derivados e dos desdobramentos políticos futuros, que podem alterar o curso atual de sua política de alocação de capital”, afirmam os analistas da corretora.

Segundo a Ativa, os riscos são maiores que os possíveis benefícios.

Apesar de a Petrobras ser cada vez mais competitiva no upstream, segundo os analistas da corretora, de estar apostando na intensidade do refino, de ter dividendos fortes em 2022 e de desinvestimentos passando por fortes testes neste ano, os riscos, como a alta defasagem e ameaças à continuidade da política de paridade de preços, prêmio de controle e ESG, a demora para a venda das refinarias e da Braskem e a dinâmica de preços do combustível, pesam mais na balança para a corretora.

A Ativa prevê que “para este ano, o payout pode beirar os 90% e o dividend yield , levando em consideração a atual cotação do papel, alcançar 15,7%”. Mas isso, segundo a corretora, não é o suficiente.

“Diante do cenário de altos juros e inflação forte, bem como as indefinições políticas atuais somadas às incertezas relacionadas ao mecanismo de preços a ser seguido por Petrobras, acreditamos que as vendas das refinarias podem enfrentar alguma resistência em 2022. Ademais, após desistir de realizar a alienação de sua participação na Braskem em fevereiro, companhia monitorará o mercado para executar a oferta em um futuro até então não conhecido”, afirma o relatório.

Além disso, a corretora aponta que “segue verificando uma demanda global crescente e uma oferta apertada, o que tende a manter os preços de longo prazo em alta ao longo dos próximos meses”.

“Esta tendência se intensificou com o aumento da beligerância entre Rússia e Ucrânia e um prolongamento do conflito pode tonar os atuais preços realidade por um período mais dilatado. Destacamos ainda que os membros da OPEP estavam enfrentando dificuldades para entregar o aumento de produção proposto pelo cartel, o que também contribui para o forte momento dos preços internacionais da commodity”, continuam.

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Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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