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Petrobras (PETR4): A expectativa do mercado para os dividendos da estatal, após relatório de produção do 3T25

27 out 2025, 13:03 - atualizado em 27 out 2025, 13:22
Petrobras
(Imagem: Agência Petrobras)

Analistas do mercado financeiro esperam que a Petrobras (PETR4) anuncie cerca de US$ 2 bilhões em dividendos com o balanço do terceiro trimestre, após dados de produção e vendas do período bem avaliados. A recomendação, de modo geral, segue como “compra”.

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A empresa informou que a produção de óleo e LGN somou 2,52 milhões de barris por dia (bpd), crescimento de 18,4% em relação a um ano antes – em linha com o esperado -, enquanto a produção de gás natural aumentou 13,1%, chegando a 594 mil boed. O pré-sal seguiu como destaque do portfólio, com produção de 2,117 milhões de bpd, avanço de 16,2% na comparação anual. As áreas de pós-sal também mostraram recuperação, com alta de 33,1%.

“Temos mantido uma visão construtiva sobre a Petrobras, sustentada por uma assimetria positiva — com possíveis revisões para cima na produção e potenciais revisões para baixo em capex e opex”, disse o BTG Pactual. “Os dados de produção do 3T25 reforçam essa visão”.

O BTG projeta um fluxo de caixa livre (FCF) de US$ 4,8 bilhões, o que, segundo a fórmula de dividendos da Petrobras, implica um pagamento de US$ 2,2 bilhões (rendimento de 2,9%).

“Apesar da expectativa de um trimestre sólido, acreditamos que a atenção dos investidores deve se voltar para o Plano Estratégico 2026-2030, previsto para o fim de novembro. Em nossa avaliação, esse plano será fundamental para avaliar a trajetória sustentável de retorno ao acionista da Petrobras a partir de 2026, especialmente diante do atual ciclo de aumento de investimentos (capex) e de um cenário de preços de petróleo mais fracos”, escreveu o analista Gustavo Cunha.

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A XP Investimentos também projeta US$ 2,2 bilhões em dividendos, com Ebita chegando a US$ 11,4 bilhões (+11,7% q/q) e o lucro líquido de US$ 4,4 bilhões (-7,2% q/q).

“A produção de petróleo da Petrobras no Brasil teve um aumento significativo de 186 mil barris por dia (+8%) em relação ao segundo trimestre de 2025, embora em linha com as nossas expectativas. O tão esperado aumento da produção finalmente se concretizou no terceiro trimestre, com a entrada em operação de novos FPSOs”, notaram os analistas.

A corretora disse estar no geral mais otimista do que a maioria dos participantes do mercado, esperando que os preços do Brent permaneçam na faixa de US$ 65-70/bbl.

“Nós também ficamos surpresos com o aumento da produção americana e compartilhamos as preocupações sobre as possíveis implicações macroeconômicas de uma escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Por outro lado, estamos menos preocupados com a redução das cotas da Opep+ como fonte de um ciclo prolongado de queda nos preços do petróleo do que o consenso do mercado parece sugerir”, disse a XP.

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O Safra ao comentar a produção do terceiro trimestre destacou também os ativos do pós-sal contribuíram para os resultados, com alta de 17% na produção trimestral, impulsionada pela redução de paradas para manutenção, pelo ramp-up dos FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi com a entrada em operação de três novos poços, além de outros dois poços na Bacia de Campos. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo declínio natural da produção dos campos, disse.

“A produção de derivados cresceu 4% no trimestre, para 1,790 mil bpd, com fator de utilização total de 94%. As vendas de derivados aumentaram 5% no mesmo período, chegando a 1,804 mil bpd, com destaque para o diesel, que avançou 12%, impulsionado pelo plantio da safra de grãos de verão e pela maior atividade industrial. Por outro lado, o volume de gasolina caiu 0,5%, influenciado pelo aumento da mistura obrigatória de etanol”, comentou o banco.

O Safra é menos otimista que a XP e o BTG ao apontar dividendos de US$ 1,6 bilhão, o que representa um dividend yield de 2,3% para as ações preferenciais, embora projete um Ebitda de US$ 11,6 bilhões. A Petrobras divulga o balanço no dia 6, após o fechamento do mercado.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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