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Petrobras (PETR4) aprova plano estratégico com previsão de US$ 102 bilhões em investimentos em 5 anos

23 nov 2023, 18:55 - atualizado em 23 nov 2023, 19:32
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Petrobras pretende investir US$ 102 bilhões entre 2024 e 2028 (Imagem: Agência Petrobras)

A Petrobras (PETR3;PETR4) aprovou, em reunião do conselho de administração realizado nesta quinta-feira (23), o Plano Estratégico 2024-2028 (PE 2024-2028) com previsão de US$ 102 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos.

Esse é o primeiro PE da companhia sob a gestão do governo Lula. O capex previsto supera em 31% o valor estimado no plano passado devido a novos projetos, incluindo potenciais aquisições, e a ativos que estavam na fila de desinvestimentos e voltaram para a carteira de investimentos.

A alta do capex também está associada à inflação de custos, que impactou toda a cadeia de suprimentos.

Do montante total, US$ 91 bilhões correspondem a projetos em implantação e US$ 11 bilhões estão voltados a projetos em avaliação, sujeitos a estudos adicionais de financiabilidade antes do início da contratação e execução, disse a empresa estatal ao mercado.

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Para onde vai o dinheiro investido?

O capex previsto para os próximos cinco anos está dividido entre Exploração e Produção; Refino, Transporte e Comercialização (RTC); Gás e Energia e Baixo Carbono; e Corporativo.

O segmento de exploração e produção representa grande parte dos investimentos, tomando 72% do total, seguido pela categoria de Refino, Transporte e Comercialização, com 16%, Gás e Energia e Baixo Carbono, com 9%, e Corporativo, com 3%.

O capex de exploração e produção esperado é de US$ 73 bilhões, com cerca de 67% destinados para o pré-sal.

“O segmento de produção e exploração mantém sua relevância para a companhia com o foco estratégico em ativos rentáveis e investimentos compatíveis com uma visão de longo prazo alinhada à transição energética. Ao mesmo tempo, a companhia mantém grandes projetos de revitalização em águas profundas (REVIT), além de projetos complementares, a fim de aumentar os fatores de recuperação em campos maduros”, afirmou a Petrobras.

De acordo com a companhia, em exploração, US$ 3,1 bilhões previstos são destinados à Margem Equatorial.

A Petrobras projeta atingir em cinco anos a produção de 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia.

Transição energética

Sinalizado pelo governo ao longo do ano, um dos focos atuais da Petrobras é investir em soluções que estejam em linha com a tendência de transição energética do mercado.

Na média para os próximos anos, o investimento em baixo carbono representa 11% do investimento total planejado pela empresa. A previsão é que essa categoria ganhe espaço gradualmente no portfólio, chegando a 16% em 2028.

“Acompanhando as grandes transformações do mundo, principalmente nos segmentos de energia, digital, social e ambiental, a Petrobras está atravessando uma fase de mudanças e novas perspectivas, visando se preparar para a transição energética e para uma economia de baixo carbono justa, inclusiva, com mudanças nos padrões de uso da energia, avaliando e minimizando os impactos sociais para todas as partes: seus empregados, as comunidades e toda a cadeia de suprimentos”, disse.

As principais premissas para a financiabilidade do PE são caixa de referência definido no plano estratégico de US$ 8 bilhões; endividamento inferior a US$ 65 bilhões, com dívida financeira inferior à de leasings; dividendos conforme política de remuneração aos acionistas vigente; e cotações do barril do Brent e do câmbio real.

O último item considera:

Confira mais detalhes do PE aprovado para o quinquênio 2024-2028:

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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