Mercados

Petrobras (PETR4): As falas de Prates que derrubam as ações (e ajudam a afundar Ibovespa)

28 fev 2024, 15:38 - atualizado em 28 fev 2024, 22:15
Petrobras dividendos
Para a Ativa Investimentos, as falas são negativas, uma vez que seu mandato envolve trabalhar para escolher projetos com taxas de retorno positivas aos acionistas (Imagem: Youtube/ Petrobras)

A Petrobras (PETR3;PETR4) desaba nesta quarta-feira (28). Por volta das 16h55, a ação ordinária despencava 5,42%, a R$ 41,52, enquanto a preferencial tinha queda de 5,47%.



O tombo também empurrava o Ibovespa, que derretia 1,18% no mesmo horário.

Segundo Rafael Passos, da Ajax Asset, a queda está associada às falas de Jean Paul Prates, que afirmou que a empresa deve ser mais cautelosa em relação à distribuição de dividendos bilionários.

“O que ele comentou foi que o Capex que temos em cima de energia limpa e renovável deve ganhar força nesses dez anos, para aumentar a representatividade em energia renovável, e para atingirmos essas metas provavelmente teremos ajuste em dividendos”, coloca.

A tese de dividendos é um dos principais chamarizes da companhia.

De acordo com Tiago Cunha, gestor de renda variável da Ace Capital e ouvido pela Reuters, as expectativas do mercado quanto ao pagamento de dividendos estavam mais próximas de um valor máximo ao potencial a ser distribuído.

“A fala do presidente, nesse sentido, coloca uma dúvida sobre qual será o percentual pago. Dependendo do percentual, a Petrobras terá um ‘dividend yield’ próximo das outras grandes empresas de petróleo no mundo, o que não justificaria uma preferência pela empresa brasileira”, acrescentou.

Para a Ativa Investimentos, as falas são negativas, uma vez que mandato da empresa envolve trabalhar para escolher projetos com taxas de retorno positivas aos acionistas e não demandar paciência destes, que, naturalmente, irão reagir a qualquer movimento ou fala proferida pelo CEO.

“Petrobras fechou o 3T23 com mais de US$ 17 bi em caixa e, sob uma ótica do caixa ótimo do setor ser de cerca de US$ 8 bi, diversas casas passaram a estimar que a companhia distribuiria grande parte deste hiato em proventos extraordinários a serem anunciados juntos ao balanço do 4T23”, lembra.

Apesar disso, a casa explica que, mesmo diante da pregação de maior conservadorismo na distribuição extraordinária, dos desembolsos de caixa previstos no âmbito do seu plano de investimentos e das dificuldades de execução inerentes ao seu grande plano de investimento atual, a empresa seguirá sendo uma boa opção para dividendos ao longo de 2024.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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